terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Todas são iguais

Capão Xavier, mina de controvérsias

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Isabel conta que quando ocorrem explosões na mina para quebrar as rochas que abrigam o minério de ferro, a poeira, o som e a vibração atingem os moradores e as casas com intensidade. “Quando explode, sobe uma nuvem de poeira parecido com um cogumelo de bomba atômica", diz. A professora chegou a receber proposta da MBR para vender a casa onde mora há nove anos, mas se recusou porque, segundo disse, a oferta teria sido “ridícula".

A funcionária pública Maria Aparecida Nascimento, 53 anos, mora a menos de 50 metros da cerca da mineração e, de sua casa, é possível ver a movimentação de tratores e caminhões em atividade. “Atrapalha muito a gente porque é barulho o dia e a noite inteira", reclama. Outra queixa da moradora é a poeira que chega às casas. “Não adianta limpar porque você limpa e um minuto depois já está sujo de novo", afirma.

O marido de Maria Aparecida, o técnico em Engenharia Civil, Eustáquio de Souza Ferreira, 52 anos, expõe outra preocupação. “A gente não vai ter vizinhos aqui porque está todo mundo indo embora. Também estamos pensando em ir", declara Ferreira, que mora no local há dois anos. Ele acredita que, por causa da mina, as casas da área serão desvalorizadas. Ferreira disse que, por causa disso, não vai terminar a construção de seu imóvel, que estava na fase de acabamento."

Texto integral em:

(Do Jornal HOJE EM DIA, 29/05/2005, Minas, pp. 23 a 25.)
http://www.capaoxaviervivo.org/minadecontroversias.htm

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