África: “quanto mais se sabe sobre o ouro, menos deslumbra o seu brilho”
http://www.wrm.org.uy/boletim/80/AF.html#Africa
“Não ao ouro sujo” é a palavra de ordem de uma campanha endereçada aos consumidores, lançada em 11 de fevereiro de 2004 pela Earthworks/Mineral Policy Center e a Oxfam, com o objetivo de pressionar a indústria do ouro e mudar a forma como o mesmo é extraído, comprado e vendido. Nos dias prévios e posteriores ao Dia de São Valentim – data muito importante para a venda de jóias de ouro nos Estados Unidos –, os ativistas distribuíram cartões-postais de São Valentim com a mensagem “Não manche o seu amor com ouro sujo” em frente de joalharias e relojoarias chiques, entre elas Cartier e Piaget, na Quinta Avenida de Nova Iorque. Também estão pedindo aos consumidores que apoiem com a sua assinatura um pedido no sítio Web da campanha ( http://www.nodirtygold.org ).
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Em Gana, país da África ocidental com grandes minas de ouro, a Comissão Ganesa de Direitos Humanos e Justiça Administrativa divulgou um relatório, no ano 2000, onde constatam-se “evidências chocantes de violação dos direitos humanos, derivada de atividades de mineração, não esporádica, mas apresentando um padrão bem definido e comum a quase todas as comunidades mineiras”. Em Tarkwa, de 1990 a 1998, mais de 30 mil moradores foram deslocados pelas operações de extração de ouro. “O nosso povo tem levado surras, tem sofrido prisão e assassinatos por defender os nossos direitos comunitários contra as empresas mineradoras multinacionais”, afirmou Daniel Owusu-Koranteng, ativista do distrito de Tarkwa. “Queremos que os compradores de ouro apoiem os nossos direitos e que exijam das empresas de mineração que se rejam por princípios éticos mais rígidos”.
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