domingo, 13 de janeiro de 2008

300 anos de exploração aurífera

Atualmente, um problema ligado aos 300 anos de exploração aurífera em Ouro Preto tem preocupado os pesquisadores do LGqA. A possível contaminação das águas dos municípios da região por arsênio é uma questão já levantada por estudiosos, que foi equivocadamente divulgada pela imprensa, gerando apreensão na população local. O arsênio, elemento químico comumente presente nos sulfetos (arsenopirita), é encontrado nos depósitos de ouro da região de Ouro Preto. A arsenopirita está intimamente associada à mineralização de ouro da região e ocorre, em maior quantidade, nos depósitos minerais subterrâneos. Com a exploração secular do ouro da região, grande quantidade de arsenopirita foi colocada em contato com o ar e, conseqüentemente, sofreu o processo de oxidação, liberando arsênio. O arsênio pode atingir os lençóis freáticos, os cursos d'água superficiais e, em determinados casos, se acumular nas plantas e animais. Os efeitos do contato prolongado com o organismo humano vão desde problemas estomacais até o desenvolvimento de câncer de pele.

Texto integral em http://revista.fapemig.br/materia.php?id=68
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Serrano Neves
Procurador de Justiça

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