quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Governo da Tailândia fecha mina de ouro por causa da poluição pelo arsênio

O governo da Tailândia suspendeu a concessão de licenças para mineração de ouro e deve fechar a maior e única mina ainda em funcionamento, a mina de Chatree, até o final deste ano. A razão disso é a contaminação ambiental.

Em uma reunião de gabinete na terça-feira, 10 de maio de 2016, o governo tomou a decisão de submeter o potencial impacto da mineração de ouro sobre o ambiente e a saúde das pessoas a um escrutínio cuidadoso. Entre 2016 e 2017, uma comissão especial de médicos, químicos e especialistas no campo da ecologia industrial deverá examinar a condição de todas as minas de ouro bem como do solo e das águas em suas cercanias. Com base nos resultados apresentados por esta Comissão, o Governo deverá decidir sobre sobre o futuro da mineração de ouro na Tailândia.

A decisão do governo foi a resposta a uma campanha de um mês de duração organizada por ativistas e moradores das regiões próximas às minas de ouro. Além disso, uma equipe de investigação militar já tinha apresentado, em janeiro, resultados de análises de 2015 indicando a presença de arsênio e manganês em 300 pessoas que vivem perto da mina de ouro de Chatree, de propriedade da empresa australiana Akara Resources. A mina de Chartree foi a principal causa dos protestos, porque os agricultores e moradores locais queixaram que a mina contaminou pessoas, plantações e o gado.

Em 2015, a empresa Akara extraiu e exportou quatro toneladas de ouro. Em 15 anos, ela faturou cerca de 1,3 bilhões de Euros e pagou pelo menos 175 milhões de Euros em taxas de licença para o governo.

As reservas provadas de ouro na Tailândia são superiores a 50 toneladas, as reservas potenciais poderiam, de acordo com estimativas otimistas, chegar a cerca de 900 toneladas.

Fonte: 
http://de.sputniknews.com/panorama/20160511/309757419/thailand-stoppt-goldgewinnung.html

Thailand hat die Lizenzvergabe zur Goldgewinnung ausgesetzt und will nun die größte und einzige noch funktionierende Chatree-Goldmine bis Ende des Jahres stilllegen, wie es auf der Webseite der Regierung heißt. Grund dafür sei die Umweltbelastung.

Bei einer Kabinettsitzung am Dienstag war die Entscheidung getroffen worden, mögliche Auswirkung der Goldförderung auf die Umwelt und auf die Gesundheit der Menschen einer sorgfältigen Prüfung zu unterziehen. Eine spezielle Kommission von Ärzten, Chemikern und Experten im Bereich der Industrieökologie soll von 2016 bis 2017 den Zustand aller Goldminen sowie des Bodens und der Gewässer in deren Umfeld untersuchen. Auf Grundlage dieser Kommissionsergebnisse solle die Regierung über die Zukunft der Goldgewinnung in Thailand entscheiden.

Der Regierungsbeschluss folgte auf eine monatelange Kampagne von Aktivisten und in der Nähe der Goldminen lebenden Anwohnern. Zudem hatte ein militärisches Untersuchungsteam noch im Januar 2015 Angaben vorgelegt, laut denen 300 Menschen in der Nähe der Chatree-Goldmine, die der australischen Firma Akara Resources gehört, positiv auf Arsen und Mangan getestet worden waren. Bezüglich der Chatree-Goldmine gab es die meisten Proteste, da örtliche Bauern und Dorfbewohner beklagten, die Mine hätte Menschen, Ernte und Vieh verseucht.

Die Firma Akara hatte 2015 vier Tonnen Gold gewonnen und exportiert.  In 15 Jahren hatte sie etwa 1,3 Milliarden Euro erwirtschaftet und mindestens 175 Millionen Euro Lizenzgebühren an die Regierung gezahlt.  

Die nachgewiesenen Goldreserven in Thailand liegen bei mehr als 50 Tonnen, die potenziellen Reserven könnten nach optimistischen Einschätzungen über 900 Tonnen betragen.

Depósito de rejeitos da Kinross já produz poeira

http://professor-marciosantos.blogspot.ch/2016/08/poeira-toxica-em-paracatu.html

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Equipe médica comprova caso de intoxicação pelo arsênio em Paracatu com desfecho fatal

Desta vez a vítima, uma paciente de 19 anos, desenvolveu sintomas neurológicos, hematológicos e gastrointestinais durante a gravidez, vindo a perder o feto de 22 semanas. A equipe médica interdisciplinar do Hospital de Base de Brasília diagnosticou intoxicação crônica pelo arsênio.

A paciente vive em Paracatu, cidade contaminada pelo arsênio liberado pela maior mineração de ouro a céu aberto do Brasil, operada pela transnacional canadense Kinross Gold Corporation. 

O arsênio é absorvido através das vias respiratória e gastrointestinal e acumula-se lentamente nos ossos das pessoas. Durante a gravidez, a taxa de osteoressorção aumenta, e consequentemente a taxa de liberação do arsênio armazenado cronicamente nos ossos aumenta, podendo atingir níveis de intoxicação sub-aguda.

Este não é o primeiro caso de morte causada pela Kinross em Paracatu, nem será o último, pois o arsêno liberado pela mineradora continuará matando por décadas e séculos. Mas este é um dos casos mais bem documentados até o momento. 

Em 2009, a Fundação Acangau entrou com uma ação civil pública em Paracatu exigindo a realização de um estudo epidemiológico, clínico e laboratorial de toda a população da cidade. Passados 7 anos, o pedido ainda não foi atendido, e as pessoas continuam a ser intoxicadas e mortas pela Kinross em Paracatu, com a cumplicidade de certos políticos e a condescendência de certas autoridades do Ministério Público e da Justiça.

A vítima desta vez entrou com uma ação contra a Kinross. A depender do padrão de impotencia, inação, cooptação, incompetência e corrupção por parte de certas autoridades de Paracatu e do Brasil, a vítima corre o risco de ser culpada por ter nascido em Paracatu, e a invasora Kinross inocentada de mais um crime hediondo.

Sergio Ulhoa Dani, de St.Gallen, Suíça, em 01 de agosto de 2016