domingo, 10 de maio de 2009

SIM, NÓS PODEMOS !

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*Saiu no **Puget Sound Business Journal (Seattle, Estados Unidos)*

Sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Por Greg Lamm, da redação do jornal

“Há alguns anos, o grupo de Dave Kliegman, organizado em torno da entidade criada por ele em 1992, a “Aliança das Serras de Okanogan”, foi capaz de bloquear a mina a céu aberto da Kinross Gold Corporation na Montanha Buckhorn, nos Estados Unidos. E no início desse ano, o grupo de Kliegman e outros advogados e ativistas da causa fecharam um acordo com a Kinross que pôs fim ao último desafio legal às operações de mineração, que será agora subterrânea. O acordo inclui mais proteção ambiental e mais de US $1 milhão (cerca de R$ 2 milhões) para monitorar a água subterrânea perto da mina.”

*“*A Kinross vai pagar US$150,000 (algo como R$300 mil) por ano enquanto a mina estiver produzindo e US$75,000 (algo como R$150 mil) por ano depois que a mina fechar. Esse dinheiro permitirá ao grupo de Dave Kliegman contratar especialistas para monitorar os dados sobre as análises da água subterrânea e de superfície para verificar se existe qualquer poluição relacionada à mineração.”

“A mina de Buckhorn também inclui um sofisticado sistema de tratamento de água para tirar da água o ácido sulfúrico e os metais pesados que são liberados quando o minério é extraído da montanha.”

“Se você tem que ter uma mina no seu quintal, então que seja a melhor mina que eles podem fazer”, disse Dave Kliegman. “Eu penso que isso é o que nós conseguimos até agora.”

“A mina de Buckhorn emprega cerca de 140 trabalhadores, e quando estiver em plena produção no terceiro trimestre de 2009, ela terá uma folha de pagamentos com 180 funcionários, disse Lauren Roberts, vice-presidente da Kinross. Além disso, a Kinross tem um contrato com a ACI Northwest, uma companhia de caminhões em Coeur D’Alene, Idaho, que criou outros 30 empregos. Ele disse que a folha de pagamentos anual da operação estará em torno de US$12 milhões (o que dá em torno de R$24 milhões, ou seja, um salário médio de R$9.523,81).”

“Nós poderíamos ter insistido na briga nos tribunais,” disse Lauren Roberts, vice presidente da Kinross. “Mas ambas as partes perceberam que isso não seria um uso muito produtivo dos nossos recursos.”

“Eu sabia que seria uma grande batalha,” disse Dave Kliegman. “Eu realmente não tinha nenhuma idéia de quando isso iria terminar.” 

“Kliegman disse que o maior sucesso do seu grupo foi parar a mina a céu aberto, que segundo ele teria um impacto ambiental desastroso sobre a área. A mina a céu aberto teria significado 100 alqueires de água tóxica armazenados no topo da montanha, que alimenta cinco córregos. Kliegman disse que está orgulhoso dos esforços do seu grupo, ainda que ele preferisse não ver nenhuma atividade de mineração na Montanha Buckhorn.”

“Estou feliz porque fomos capazes de fazer a diferença,” ele disse. “Eu penso que o resultado foi relativamente positivo.”

“Kliegman disse que também está orgulhoso dos seus filhos e da educação que eles receberam observando seu pai, seus vizinhos e a parada de especialistas que trabalharam com a Aliança das Serras de Okanogan. Alguns desses especialistas tornaram-se os mentores de sua filha. Sarah Kliegman está agora trabalhando no seu doutorado na Universidade de Minnesota, onde ela está estudando como limpar o rejeito da mineração. O filho de Kliegman, Joe, é um estudante de graduação na Universidade da California, em São Francisco, estudando biofísica.

“É como fazer dos limões, limonada,” disse Kliegman. “Nós impedimos uma mina a céu aberto. Meus filhos foram criados acreditando que você pode obter justiça do sistema.”

Veja os artigos originais:

*Environmental deal on Buckhorn gold mine brings jobs
http://seattle.bizjournals.com/seattle/stories/2008/12/29/focus3.html
by Greg Lamm, Staff Writer

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