28 de maio de 2009 Missão especial na Alemanha Por Sergio Ulhoa Dani Analisar amostras de poeira, lama e sedimentos produzidos pela mineração de ouro a céu aberto estão entre os objetivos da minha viagem à Alemanha. Embarquei ontem para o país onde concluí meu doutorado em Medicina há 15 anos, levando as amostras colhidas em Paracatu. As amostras de poeira foram colhidas em 20 pontos diferentes da cidade, juntamente com uma pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais. Cada amostra foi colhida em duplicata, para garantir confiabilidade, segurança e reproducibilidade dos resultados. As duplicatas serão analisadas por uma equipe do Departamento de Química da UFMG, em Belo Horizonte, e por outro laboratório especializado na Alemanha. Além das amostras de poeira, foi colhida uma amostra do sedimento junto aos drenos da atual barragem de rejeitos da mineradora transacional canadense, RPM/Kinross, no que restou do Córrego Santo Antônio, represado pela mineradora. A análise da composição do sedimento - aquele barro depositado no fundo do córrego - é uma forma robusta de se determinar a poluição das águas pela mineração, porque o sedimento é uma espécie de "memória" da água poluída que o produziu. Uma amostra da lama que cai dos veículos da mineradora nas ruas da cidade também foi colhida e enviada para análise. Apesar das constantes reclamações e manifestos da população, até hoje a mineradora não atendeu à exigência de não permitir a saída de veículos contaminados da mina. A lama que se desprende dos veículos cai nas ruas da cidade e junta-se à poeira gerada pela atividade de lavra a céu aberto, agravando a poluição do ar que se respira em Paracatu. As análises da Alemanha fazem parte de um estudo maior e independente, conduzido pelo Instituto Medawar de Medicina Ambiental da Fundação Acangaú, que visa quantificar o impacto da intoxicação crônica da população de Paracatu por arsênio e outros poluentes liberados pela mineração de ouro a céu aberto na cidade. Há mais de 20 anos o monitoramento da poluição gerada pela mineração em Paracatu é feito pela própria mineradora. Esse "auto-monitoramento" é aceito pelas autoridades ambientais do Estado de Minas Gerais. Nos Estados Unidos, a comunidade de Buckhorn, liderada por David Kliegman, exigiu e conseguiu que a Kinross pagasse pelos monitoramentos independentes. Enquanto isso ainda não acontece no Brasil, a Fundação Acangaú tomou a iniciativa, como uma missão especial internacional. -- Sergio Ulhoa Dani Tel. 00(XX)49 15-226-453-423 srgdani@gmail.com |
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Serrano Neves
Procurador de Justiça
Parabéns mais uma vez Sérgio e Serrano Neves por todo esse trabalho que vocês vem desenvolvendo na nossa QUERIDA E ETERNA PARACATU. Estou aqui na luta a favor das nossas SANTAS ÁGUAS DE PARACATU. Muita Sáude a vocês e fiquem com DEUS!!! Forte abraço do amigo Thalles Ulhoa
ResponderExcluirOlá Thalles,
ResponderExcluirobrigado pelo comentário. Parece que seu e-mail está com problemas. Por favor confirme seu e-mail, enviando uma mensagem para srgdani@gmail.com.
Abraços,
Sergio