Vejam que assustador: relatório de 2003 da própria RPM/Rio Tinto/Kinross (anexo) mostra que a quantidade de arsênio na "poeira fugitiva" da mina de Paracatu aumentou de 3,42 kg em 2001, para 5,79 kg em 2002, e 6,10 kg em 2003.
Isso é um verdadeiro escandalo à luz dos conhecimentos atuais! Isso significa uma exposição média de 68 mg de arsênio por habitante/ano em Paracatu. São 67.777 microgramas por
habitante/ano, equivalente a 183 microgramas por dia. Vejam no gráfico da Figura 2 de http://alertaparacatu.blogspot.com/2009/07/quando-como-e-por-que-o-arsenio-acumula.html.
Essa dose é mais de dez vezes a dose considerada segura pela Organização Mundial de Saúde. Só esse dado já é prova de que a Kinross Gold Corporation está matando gente aos montes em Paracatu. E ainda querem triplicar o impacto, com o projeto de expansão dessa empresa
genocida.
Depois do aquisição completa da RPM pela Kinross Gold Corporation, reina o silêncio sobre o tema arsênio, que virou tabu. Durante as audiências públicas, representantes da Kinross chegaram a negar a existência de arsênio na poeira de Paracatu, conforme está gravado nas
fitas das audiências e transcrito no Jornal Alerta Paracatu, edição
especial de junho de 2008. No relatório único do SISEMA/COPAM, a
palavra "arsênio" aparece escondida, citada apenas duas vezes no rol
dos parâmetros que serão "auto-monitorados" pela transnacional
criminosa.
Confiram no relatório anexo, que também mostra que em 2003 quase metade de toda a água utilizada pela mineradora era "água nova". E agora, com o projeto de expansão? Sabemos que vão triplicar o volume de água. Vão desviar a água nova dos nossos agricultores e irrigantes,
para sujar na mina. É um absurdo e um abuso sem fim!
Atenciosamente,
Sergio Dani
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Sergio Ulhoa Dani
Tel. 00(XX)49 15-226-453-423
srgdani@gmail.com
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