Lágrimas da nossa avó Mapuche
Para os índios sul-americanos, não existe separação entre a terra e o céu.
Tudo é o universo. Aqui vivemos e morremos, em carne e espírito. Aqui se
faz, aqui se paga. Vamos ouvir mil vezes e mil anos a vovó Mapuche, Maria
Torres de Cona, e sua profecia:
"A sua mineração está envenenando o nosso ar e as nossas águas. Antes vocês
nos matavam com armamentos, hoje estão nos matando dessa maneira, pela
contaminação. Dessa maneira vocês estão matando nossas crianças, que são a
nossa raça, são o nosso sangue. Mas vocês devem compreender que nós não
estamos sozinhos. Nós somos seus irmãos carnais e assim como nós, vocês
também sentirão o nosso sofrimento e a nossa dor. Vocês acham por bem cavar
minas e contaminar o ar e a água. Mas existe um que vocês não sabem e não
vão saber nunca, porque não querem compreender. Esse é o que vai baixar a
mão. E assim como nós hoje estamos sofrendo e morrendo, chegará o dia e o
momento em que vocês também vão sofrer. E vão pagar caro."
Maria Torres de Cona, nossa avó Mapuche, entre lágrimas, da Argentina, 2005.
Veja em http://www.youtube.com/watch?v=xb1je4nX37s&NR=1
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