quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O assassinato de Pasolini e o genocídio em Paracatu

O assassinato de Pasolini e o genocídio em Paracatu

Por Sergio U. Dani, de Göttingen, Alemanha, 25 de novembro de 2009

Luiz Nazário, analisando o assassinato de Pier Paolo Pasolini ocorrido em
1975, em Roma, afirma que o crime foi político, no sentido amplo da
demonstração das transformações pelas quais passa a juventude nas sociedades
agrárias e pouco industrializadas que experimentam um rápido crescimento
econômico [1].

Para Pasolini, escritor e cineasta italiano, são os jovens pobres e
marginais que, ao adotarem os novos valores do poder, transmitidos pela
publicidade e pelas mídias, transformam-se em delinqüentes perigosos e sem
escrúpulos, capazes de todos os crimes. O futuro da juventude, sua educação,
a revolução da escola e da sociedade foram as preocupações de Pasolini, até
o fim.

Nazário acredita que Pasolini amava tanto a juventude que não podia suportar
sua mutação, operada pela economia política. “O sexo era, para Pasolini,
mais do que para outros homossexuais, um instrumento de conhecimento da
realidade: graças aos contatos diários que mantinha com os jovens do povo,
pode perceber, antes de todos, que eles se convertiam lentamente em jovens
criminosos sem identidade, sem esperança e sem escrúpulos, prontos para
matar, formando uma camada social favorável a um sistema de terror,
exércitos de reserva para o advento do novo fascismo que chegou, nas últimas
eleições italianas, a posições de poder. O assassinato de Pasolini foi um
crime político, cuja responsabilidade recai tanto sobre seus agentes diretos
quanto sobre o modelo econômico adotado pela sociedade italiana que, como
tantas sociedades agrárias e pouco industrializadas, decidiu enriquecer
depressa através do genocídio”, conclui Nazário.

[1] Luiz Nazário. O corpo massacrado.
http://www.pierpaolopasolini.eu/brasil_nazario.htm. Acessado em 25 de
novembro de 2009.

2 comentários:

  1. SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ: UM GENOCÍDIO 72 ANOS NA IMPUNIDADE!




    No CEARÁ, para quem não sabe, houve também um crime idêntico ao do “Araguaia”, contudo em piores proporções, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará no ano de 1937, contra a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que tinha como líder religioso o beato JOSÉ LOURENÇO, seguidor do padre Cícero Romão Batista.



    A ação criminosa deu-se inicialmente através de bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como feras enlouquecidas, como se ao mesmo tempo, fossem juízes e algozes.


    Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará foi de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO / CRIME CONTRA A HUMANIDADE é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira bem como pelos Acordos e Convenções internacionais, e por isso a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - Ceará, ajuizou no ano de 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que sejam obrigados a informar a localização exata da COVA COLETIVA onde esconderam os corpos dos camponeses católicos assassinados na ação militar de 1937.


    Vale lembrar que a Universidade Regional do Cariri – URCA, poderia utilizar sua tecnologia avançada e pessoal qualificado, para, através da Pró-Reitoria de Pós Graduação e Pesquisa – PRPGP, do Grupo de Pesquisa Chapada do Araripe – GPCA e do Laboratório de Pesquisa Paleontológica – LPPU encontrar a cova coletiva, uma vez que pelas informações populares, ela estaria situada em algum lugar da MATA DOS CAVALOS, em cima da Serra do Araripe.


    Frisa-se também que a Universidade Federal do Ceará – UFC, no início de 2009 enviou pessoal para auxiliar nas buscas dos restos dos corpos dos guerrilheiros mortos no ARAGUAIA, esquecendo-se de procurar na CHAPADA DO ARRARIPE, interior do Ceará, uma COVA COM 1000 camponeses.


    Então por que razão as autoridades não procuram a COVA COLETIVA das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO? Seria descaso ou discriminação por serem “meros nordestinos católicos”?


    Diante disto aproveitamos a oportunidade para pedir o apoio nesta luta, à todos os cidadãos de bem, no sentido de divulgar o CRIME PERMANENTE praticado contra os habitantes do SÍTIO CALDEIRÃO, bem como, o direito das vítimas serem encontradas e enterradas com dignidade, para que não fiquem para sempre esquecidas em alguma cova coletiva na CHAPADA DO ARARIPE.


    Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
    OAB/CE 9288 – (85) 8613.1197
    Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
    www.sosdireitoshumanos.org.br

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  2. Até com polícia a kinrroz, tem moral.Toda vêz q vai mandar o ouro através do carro forte,a kinrroz fica parecendo um batalhão.o total de viaturas é incrivél,mas se vc chamar pra uma ocorrência na cidade leva um ano pra chegar no local.Mas a kinrroz,liga e lá fica mais POLÍCIA DO Q FUNCIONÁRIO.As vezes acho q estou em outro mundo.Os políticos vai morrer e a kinrroz vai embora.Continuo dizendo q não vamos ter o SR.SERGIO DANI,PRA NOS DEFENDER PRO RESTO DE NOSSAS VIDAS.QUEM SABE SE VC MORRER ENVENENADO COM ARSÊNIO VCS VAI PRO CÉU.

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