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domingo, 27 de dezembro de 2009

HIPÓTESE DE CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS DE PARACATU





......



As águas superficiais e profundas do Vale do Acangaú (nascentes do Santa Isabel) estarão condenadas, caso a hipótese de contaminação se verifique. O Vale do Acangaú está abaixo da cota 700 da nova barragem de rejeitos da Kinross. Paracatu já está seriamente afetada, porque a maior parte da cidade está abaixo desta cota [660 m (Córrego Rico sob a MG188); 705 (Alto do Açude); 720 (Jockey Clube de Paracatu)]. Como os poços artesianos buscam água a uma profundidade média de 100 metros (cotas de aquífero de 560 m a 620 m), nenhum poço tubular poderá ser utilizado. A contaminação do Santa Isabel (conforme esquema da hipótese), completará o quadro infernal.

Acangau Valley


Visualizar Acangau Valley em um mapa maior. Clique na gota azul para ver opções. To visualize in a bigger map click on the blue drop to see options.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

AÇÕES JUDICIAIS

AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE PRECAUÇÃO
NÚMERO TJMG: 1.0470.09.061812-0/001; NUMERAÇÃO ÚNICA: 0618120-41.2009.8.13.0470
Autora: Fundação Acangaú
Rés: Rio Paracatu Mineração SA (Kinross Gold Corporation) e Prefeitura Municipal de Paracatu
Advogados: Heitor Campos Botelho (Paracatu) e Elaine Gazola Araújo
(Belo Horizonte)
Acompanhamento:

http://www.tjmg.jus.br/juridico/sf/proc_resultado.jsp?comrCodigo=470&numero=1&listaProcessos=06181204120098130470&btn_pesquisar=Pesquisar
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AÇÃO CAUTELAR
NÚMERO: 2009.38.06.001018-9
Autor: Ministério Público Federal
1061300 - RESTITUIÇÃO DE ÁREA - INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE - ADMINISTRATIVO
Procurador da República: Onésio Soares Amaral

Acompanhamento:
http://processual-mg2.trf1.gov.br/Processos/ProcessosSecaoOra/ConsProcSecaopro.php?SECAO=PT&proc=200938060010189


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1. AÇÃO CIVIL PÚBLICA
NÚMERO: 2009.38.06.001028-2
Autor: Ministério Público Federal
Reus:
http://
Procurador da República: Onésio Soares Amaral

3. AÇÃO CIVIL PÚBLICA
NÚMERO: 0470.09.0056027-2
Autor: Ministério Público Estadual
Reus:
Promotor Público: Mauro Fonseca Ellovitch
Acompanhamento: http://

domingo, 20 de dezembro de 2009

Para quem os sinos dobram?

Para quem os sinos dobram?

Por Sérgio U. Dani, de Göttingen, 20 de dezembro de 2009

Esta carta é uma resposta ao Tadeu Santos, de Santa Catarina, que
postou o seguinte comentário sobre o meu artigo publicado neste blog
("O que está em jogo em Copenhague"): “Sergio, o aquecimento global
pode até afetar todo mundo, mas causa mais sofrimento e dano aos mais
pobres que vivem em moradias desprotegidas e os que residem em área de
risco. Pelo menos é isto que estamos observando aqui no sul de SC, com
as tragédias do clima decorrentes de enchentes, chuvas de granizo
gigante, estiagens, vendavais/tormentas, ciclones, tornados e o
furacão Catarina. Suas outras avaliações são precisas. Tadeu Santos”

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Os intendentes das minas: ontem e hoje

Os intendentes das minas: ontem e hoje

Nos primeiros anos do século XVIII, o padre jesuíta Antonil, informado
sobre os acontecimentos nos sertões longínquos das Minas Gerais,
observou: "a cada ano vêm nas frotas quantidades de portugueses e de
estrangeiros, para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e
sertões do Brasil vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de
que os paulistas se servem. A mistura é de toda condição de pessoas:
homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus,
seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos, muitos dos
quais não têm no Brasil convento nem casa." Dizia-se, então, que nas
Minas Gerais não havia justiça, nem governo, apenas "montanhas de
ouro".

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Será mais um intendente das minas?


*Será mais um intendente das minas?*

**Por Sergio Ulhoa Dani, de Göttingen, Alemanha, 16 de dezembro de 2009

Encontra-se em Paracatu o senhor Francisco Rego Chaves Fernandes, nascido em
Portugal, técnico em economia e gestão pela Universidade Técnica de Lisboa
(1971), especialista em indicadores de desempenho e sustentatibilidade pela
Natural Resources Canada Minerals and Metals Sector (1998) e especialista em
desenvolvimento sustentável em recursos minerais pela faculdade de
engenharia da Universidade do Porto (2004).

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Paracatu rivaliza com cidades mais contaminadas do mundo: responsabilidade global

Paracatu rivaliza com cidades mais contaminadas do mundo: responsabilidade global

Vejam as últimas postagens no www.sosarsenic.blogspot.com:

1. Artigo publicado na Scientific American mostra as 10 cidades mais contaminadas do mundo. Por muito menos veneno que o liberado em Paracatu pela transnacional canadense RPM/Kinross Gold Corporation, algumas cidades entraram nessa lista de 2007.
http://sosarsenic.blogspot.com/2009/12/worlds-top-10-most-polluted-places.html

2. Mais um artigo da Scientific American revela que a poluição da água em Bhopal, 25 anos depois do terrível acidente que matou 3 mil pessoas, continua matando, aleijando, empobrecendo ou fazendo sofrer milhares.
http://sosarsenic.blogspot.com/2009/12/poisoned-water-haunts-bhopal-25-years.html

3. Outro artigo mostra que substâncias venenosas movimentam-se livremente pelo globo terrestre, pegando carona no ar e na água, atingindo regiões distantes muitos milhares de quilômetros do local onde foram originalmente produzidas ou liberadas. Isso reforça nossa responsabilidade local para com toda a humanidade e as demais formas de vida com as quais compartilhamos o planeta.
http://sosarsenic.blogspot.com/2009/12/how-do-toxic-chemicals-move-around.html
--
Sergio Ulhoa Dani, Dr.med., D.Sc. habil.
Göttingen, Germany
Tel. 00(XX)49 15-226-453-423
srgdani@gmail.com

Visit the Acangau Foundation websites at:
http://sosarsenic.blogspot.com/
http://acangau.net/
http://alertaparacatu.blogspot.com/
http://www.serrano.neves.nom.br/

Quem está roendo o nosso Espinhaço?

Qem está roendo o nosso Espinhaço?

Veja de onde vêm os roedores da Serra do Espinhaço (países de origem dos proprietários da Anglo American plc, empresa que está roendo a Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, com a ajuda do testa-de-ferro Eike Batista e o governo Aécio Neves):

Bhopal, Índia: 25 anos depois, a agua contaminada

Bhopal, Índia: 25 anos depois, a agua contaminada

Por Sergio U. Dani, de Göttingen, Alemanha, 3 de dezembro de 2009

Quando as autoridades governamentais disserem que sua água e sua saúde vão
bem, desconfie ou acredite que tudo vai mal. Quando se trata de contaminação
ambiental, governantes, técnicos e políticos despreparados, irresponsáveis
ou mesmo corruptos tendem a ocultar a verdade, para "não prejudicar
imagens", e assim protegem interesses dos grupos econômicos que os apóiam.
Chegam a escolher "laboratórios confiáveis" para produzir exames e laudos
"oficiais", que usam para "tranquilizar" a população, enquanto a população,
anestesiada e enganada, continua doente, morrendo por causa da poluição, e
votando com confiança nos políticos e governantes enganadores.

domingo, 29 de novembro de 2009

Deputados canadenses ameaçam regular a ação de suas mineradoras no mundo

Deputados canadenses ameaçam regular a ação de suas mineradoras no mundo

Mineradoras de ouro choram lágrimas de crocodilo

Por Danilo Chammas, de Ottawa, Canadá, 27 de novembro de 2009

O Canadá serve de sede para duas de cada três empresas extrativas operando
no mundo. O país é uma espécie de "paraíso" das mineradoras, que recebem
apoio sistemático e decisivo, político, financeiro e logístico do governo
canadense para atuar em outros países.

Deputados canadenses discutem um projeto de lei para regular a ação dessas
empresas. Conhecida como "Bill C-300", o projeto de lei está tramitando no
Parlamento do Canadá. Seu objetivo é impor normas que tornem as companhias
extrativas canadenses (principalmente as mineradoras e as indústria de
petróleo e gás) responsáveis, perante a lei canadense, pelas violações aos
direitos humanos, trabalhistas e ambientais cometidas por elas no exterior.
Visa, portanto, mudar a história de impunidade que norteia tais operações,
que em grande parte contam com o apoio do Estado canadense através de suas
agências de financiamento (tais como Export Development Canada) e de seus
representantes diplomáticos pelo mundo afora.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O QUE ERA PRA SER FESTA VIROU DENÚNCIA


...
VÍDEO CONCEIÇÃO III-MUMBUCA-SOS CONCEIÇÃO DO MATO DENTROConceição do Mato
Dentro, 21 de novembro de 2009.
MUMBUCA AFRO FESTIVAL

O QUE ERA PRA SER FESTA VIROU DENÚNCIA.
CHAMADA DE ATENÇÃO: SOMOS TODOS MUMBUCA, SOMOS TODOS AÇUDE, CIPÓ, MINAS,
CONCEIÇÃO!

VEJAM AO VIVO E A CORES O QUE ENCONTRAMOS EM CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO.

Minas Gerais / Serra do Espinhaço.
Comunidade Quilombola de Mumbuca.

Reunião de várias comunidades no Espinhaço, em protesto contra a devastação
sócio ambiental relizada pela MMX/Anglo Ferrous sem licenciamento e de forma
totalmente agressiva na região.

O empreendimento ilegal,* Projeto Minas-Rio*, de autoria de Eike Batista,
conta com a "proteção" do Governo de Minas que tenta no dia 26/11, aprovar
em reunião do Copam em Diamantina, longe das comunidades afetadas, uma
"licença de instalação"com o intuito de dar "credibilidade" ao crime.

O empreendimento já conta com duas ações na justiça, dos Ministérios Público
Federal e Estadual.

Conceição: Guarde nos Olhos III - Mumbuca
http://www.youtube.com/watch?v=DRCoXLCeovc
--
Dorinha Alvarenga
(55)(31)3889-0113 / (55)(31)8794-1300
VAS - Valle Alvarenga Sustentabilidade

O assassinato de Pasolini e o genocídio em Paracatu

O assassinato de Pasolini e o genocídio em Paracatu

Por Sergio U. Dani, de Göttingen, Alemanha, 25 de novembro de 2009

Luiz Nazário, analisando o assassinato de Pier Paolo Pasolini ocorrido em
1975, em Roma, afirma que o crime foi político, no sentido amplo da
demonstração das transformações pelas quais passa a juventude nas sociedades
agrárias e pouco industrializadas que experimentam um rápido crescimento
econômico [1].

Para Pasolini, escritor e cineasta italiano, são os jovens pobres e
marginais que, ao adotarem os novos valores do poder, transmitidos pela
publicidade e pelas mídias, transformam-se em delinqüentes perigosos e sem
escrúpulos, capazes de todos os crimes. O futuro da juventude, sua educação,
a revolução da escola e da sociedade foram as preocupações de Pasolini, até
o fim.

Nazário acredita que Pasolini amava tanto a juventude que não podia suportar
sua mutação, operada pela economia política. “O sexo era, para Pasolini,
mais do que para outros homossexuais, um instrumento de conhecimento da
realidade: graças aos contatos diários que mantinha com os jovens do povo,
pode perceber, antes de todos, que eles se convertiam lentamente em jovens
criminosos sem identidade, sem esperança e sem escrúpulos, prontos para
matar, formando uma camada social favorável a um sistema de terror,
exércitos de reserva para o advento do novo fascismo que chegou, nas últimas
eleições italianas, a posições de poder. O assassinato de Pasolini foi um
crime político, cuja responsabilidade recai tanto sobre seus agentes diretos
quanto sobre o modelo econômico adotado pela sociedade italiana que, como
tantas sociedades agrárias e pouco industrializadas, decidiu enriquecer
depressa através do genocídio”, conclui Nazário.

[1] Luiz Nazário. O corpo massacrado.
http://www.pierpaolopasolini.eu/brasil_nazario.htm. Acessado em 25 de
novembro de 2009.

domingo, 22 de novembro de 2009

O arsênio da poeira da sua casa vem da mina ali ao lado

*O arsênio da poeira da sua casa vem da mina ali ao lado*

Cientistas americanos alertam que arsênio e outras partículas trazidas para
dentro de casa são prejudiciais à saúde

Extrato adaptado da reportagem da HealthDay News

Quarta-feira, 11 de novembro de 2009 (HealthDay News, por Robert Preidt) – A
maior parte da poeira que cobre os móveis e o chão da sua casa vem de fora e
ameaça a sua saúde, conforme um novo estudo científico.

Os pesquisadores David Layton e Paloma Beamer, da Universidade do Arizona,
Tucson, descobriram que mais de 60 por cento da poeira doméstica é
originária do solo e de partículas de poeira do ambiente exterior trazidas
para o interior da casa pelo ar. O restante da poeira doméstica vem da
descamação da pele dos moradores da casa e fibras de tapetes e móveis com
revestimento e estofamento.

sábado, 21 de novembro de 2009

TEXTO CENSURADO

NUMERAÇÃO ÚNICA: 0011454-05.2011.8.13.0470
2ª VARA CÍVEL ATIVO

Data pauta: 14/02/2011
AUTOR: JOÃO ARY GOMES; RÉU: GOOGLE BRASIL INTERNET LIMITADA e outros
=> Concedida a Antecipação de tutela. Prazo de 0010 dia(s).
Dispositivo da r. decisão de f 24/25-verso "...Diante do exposto,
DEFIRO a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, conforme
pleiteado, para DETERMINAR à ré Google Brasil Internet Ltda., a
EXCLUSÃO das páginas constantes do blogspot "alertaparacatu"
correspondentes aos artigos "os prêmios de um juiz" e "Polícia do
Canadá investiga exportação da corrupção para o Brasil", no prazo
máximo de 02 (dois) dias, sob pena de multa diária de R$1.000,00, até
o limite de R$100.000,00 ..." Adv - FILOMENO FRANCISCO DOS SANTOS.

Data pauta: 11/02/2011
AUTOR: JOÃO ARY GOMES; RÉU: GOOGLE BRASIL INTERNET LIMITADA e outros
=> DISTRIBUÍDO POR SORTEIO EM 11/02/2011. VALOR DA CAUSA: R$
170.000,00. Adv - FILOMENO FRANCISCO DOS SANTOS.

Consulta realizada em 16/02/2011 às 15:57:47

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mapuche: nova repatriação de território anunciada pelo governo do Chile

Mapuche: nova repatriação de território anunciada pelo governo do Chile

Quarta-feira, 14 de outubro de 2009. Comunidades indígenas incluindo os
Mapuche receberão mais 33000 hectares do seu território de volta, conforme
nova decisão do governo do Chile anunciada este mês. Os proprietários atuais
serão compensados e a terra será distribuída entre mais de 1000 famílias
indígenas.

domingo, 15 de novembro de 2009

Direitos humanos: para minorias, maiorias, totalidade ou globalidade?

Direitos humanos: para minorias, maiorias, totalidade ou globalidade?

Por Sergio Ulhoa Dani, de Göttingen, Alemanha, 14 de novembro de 2009

Somos levados a acreditar que “direitos humanos” é algo praticado por
“organizações alternativas” ou “pequenos grupos de interesse” para a defesa
de “minorias étnicas e raciais”, ou “grupos marginais”, como se tais
minorias existissem. As ciências da genética, do meio ambiente e a economia
nos ensinaram que estávamos errados. A genética nos ensinou que não existem
minorias, nem raças; somos todos uma só família humana. A ciência do meio
ambiente nos ensinou que a degradação ambiental local tem efeitos sistêmicos
que afetam todos no planeta, mais cedo ou mais tarde. A economia, que muitos
acreditam não ser uma ciência, nos mostrou que as crises financeiras como as
que vivemos atualmente têm suas raízes profundamente plantadas nos ciclos
ambientais naturais e na própria natureza humana. E o que tem tudo isso a
ver com direitos humanos?

Lágrimas da nossa avó Mapuche

Lágrimas da nossa avó Mapuche

Para os índios sul-americanos, não existe separação entre a terra e o céu.
Tudo é o universo. Aqui vivemos e morremos, em carne e espírito. Aqui se
faz, aqui se paga. Vamos ouvir mil vezes e mil anos a vovó Mapuche, Maria
Torres de Cona, e sua profecia:

Prêmio denuncia desrespeito aos direitos humanos no Brasil e na Rússia

Prêmio denuncia desrespeito aos direitos humanos no Brasil e na Rússia

Por Sergio U. Dani

Göttingen, 14 de novembro de 2009. Duas organizações não governamentais
receberam o Prêmio Victor Gollancz de direitos humanos concedido este ano
pela Sociedade para os Povos Ameaçados (GfbV): o CIMI-Conselho Indigenista
Missionário, organização ligada à Igreja Católica brasileira e MEMORIAL, uma
organização independente de defesa dos direitos humanos na Rússia e antigas
repúblicas socialistas soviéticas.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Defender o que nos pertence pela própria natureza

Defender o que nos pertence pela própria natureza

No iluminismo desenvolveu-se a idéia da liberdade como direito natural do indivíduo, lançando assim as bases da tradição liberal, em oposição à tradição democrática grega dos direitos coletivos ou da "polis". O dever do Estado liberal passa a ser a proteção do direito nautral à liberdade que o indivíduo tinha antes de pertencer a uma comunidade. O Estado deve garantir esse direito mesmo depois que o indivíduo sai do estado natural para passar a fazer parte da comunidade. O principal propósito de formar uma comunidade passa a ser o de proteger a propriedade, aquilo que nos pertence pela própria natureza, sejam bens materiais, como a terra e a vida, sejam os bens imateriais, espirituais ou culturais, como a identidade, a liberdade, os valores, conhecimentos e tradições.

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Sergio Ulhoa Dani, Dr.med., D.Sc. habil.
Göttingen, Germany
Tel. 00(XX)49 15-226-453-423
srgdani@gmail.com

Os inúteis, nos primórdios da democracia

Os inúteis, nos primórdios da democracia

Um bom exemplo do desprezo que os primeiros democratas sentiam em relação àqueles que não participavam da vida social ou política pode ser encontrado na palavra moderna "idiota", que encontra suas origens na palavra grega antiga (ἰδιώτης) que significa um indivíduo egoísta, uma pessoa que não está ativamente envolvida na política; essas características pessoais eram tratadas com desprezo e a palavra acabou adquirindo seu significado moderno. Em sua Oração Fúnebre, Péricles afirma o seguinte: "Έλληνες (os gregos) consideramos aquele que não participa dessas tarefas não como sem ambição, mas como inútil".

Fonte:

http://en.wikipedia.org/wiki/Athenian_democracy#Individualism_in_Athenian_democracy

Sergio Ulhoa Dani, Dr.med., D.Sc. habil.
Goettingen, Germany
Tel. 00(XX)49 15-226-453-423
srgdani@gmail.com

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CMM e Antônio Ermírio de Moraes processados por desastre ambiental em Vazante, Minas Gerais

CMM e Antônio Ermírio de Moraes processados por desastre ambiental em
Vazante, Minas Gerais

Uberlândia, 17 de novembro de 2009. O Ministério Público Federal, pelo
procurador Cléber Eustáquio Neves, entrou com Ação Civil Pública
contra a Companhia Mineira de Metais e seu presidente, o empresário
Antônio Ermírio de Moraes, por causa do desastre ambiental causado
pela mineradora no município mineiro de Vazante.

Além da CMM e Antônio Ermírio, a ação do MPF também é dirigida contra
a Votorantim Metais Zinco S/A, João Bosco Silva, a União Federal, o
Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, o Estado de Minas
Gerais e o Município de Vazante. Saiba mais sobre o caso de Vazante
lendo o artigo de Maria Luisa Mendonça, publicado neste blog [1].

[1] Mina subterrânea da Votorantim gera devastação ambiental. Artigo
de M. L. Mendonça, novembro de 2009.

Mina subterrânea da Votorantim gera devastação ambiental

Mina subterrânea da Votorantim gera devastação ambiental

Maria Luisa Mendonça, de Vazante-MG, novembro de 2009

A estrada que leva à Vazante tem os contornos de Minas. As montanhas
onduladas, cobertas de cerrado, nem parecem reais. Têm um tom
cinematográfico. Por aqui passam os rios Santa Catarina e Paracatu,
que são afluentes do São Francisco. A região, rica em minérios, é
explorada pela Companhia Mineira de Metais, do Grupo Votorantim.

sábado, 31 de outubro de 2009

Paracatu dando exemplo

Paracatu dando exemplo

O caso de Paracatu já está servindo de exemplo para a luta nacional contra a destruição sócio-ambiental provocada pela mineração. Veja o que acontece na Bahia neste documento-manifesto da sociedade bahiana.
A Fundação Acangaú, o Instituto Medawar e o Instituto Serrano Neves declaram aqui o apoio aos nossos irmãos da Bahia.

Ouro, Carvão e Petróleo

Ouro, Carvão e Petróleo

Nem "Ouro, Incenso e Mirra" dos Reis Magos, nem "Armas, Germes e Aço"
de Jared Diamond. “Ouro, Carvão e Petróleo” podem determinar os
destinos da humanidade de uma forma muito mais importante e insidiosa:
pela liberação de arsênio, um veneno invisível. Esse é o teor do
estudo intitulado “Gold, Coal and Oil” (“Ouro, Carvão e Petróleo”)
publicado na Europa pela revista Medical Hypotheses.

Fonte: Instituto Medawar de Pesquisas Médicas e Ambientais/Fundação
Acangaú, 31 de outubro de 2009.
Saiba mais:
alertaparacatu.blogspot.com
sosarsenic.blogspot.com

Risco global atrás de ouro, carvão e petróleo

Risco global atrás de ouro, carvão e petróleo

As emissões de arsênio a partir das atividades de mineração de ouro,
carvão e petróleo já são maiores que as emissões a partir das
atividades vulcânicas naturais que no passado causaram a extinção dos
dinossauros. “Isso é uma mudança de paradigma de proporções
catastróficas para a humanidade”, argumenta Sergio Dani, autor do
estudo entitulado "Gold, coal and oil" (Ouro, carvão e óleo),
publicado na Europa pela revista Medical Hypotheses.

Ouro, Carvão e Petróleo: Uma crise regulatória e de saúde de grande magnitude

Ouro, Carvão e Petróleo: Uma crise regulatória e de saúde de grande magnitude

Enquanto as concentrações máximas de arsênio permitidas nos solos de
países como Canadá e Alemanha giram em torno de 5-50 miligramas por
quilo, em alguns locais contaminados pela mineração de ouro, como
Paracatu e Nova Lima, no Brasil, e em Bangladesh e Índia Ocidental a
quantidade pode chegar a vários gramas de arsênio por quilo de solo,
ou seja, concentrações mil vezes maiores que as recomendadas
internacionalmente.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Minérios: para o Brasil, só ficam os buracos

Minérios: para o Brasil, só ficam os buracos
Flavia Lilian
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u643146.shtml

outubro 26th, 2009 às 7:39

A Folha de S. Paulo anuncia hoje a presentação, esta semana, do projeto do governo que altera o Código de Mineração nacional. Já não era sem tempo e temo que, por mais avanços que contenha, teremos de nos mobilizar no Congresso para que prevaleçam e se ampliem as defesas e salvaguardas do interesse público na questão.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O CIGARRO INVISÍVEL

Equivalente-cigarro marca "KGC" está matando em Paracatu: saiba quantos equivalentes-cigarro a Kinross Gold Corporation (KGC) e os amigos da KGC estão obrigando você a "fumar" todo dia e noite em Paracatu

Por Sergio Ulhoa Dani, de Göttingen, Alemanha, 28 de outubro de 2009

Fumaça de cigarro contém arsênio inorgânico. Um relatório do Departamento de Serviços de Saúde do Estado da Califórnia [1], informa que um fumante respira entre 0,8 e 2,4 microgramas de arsênio inorgânico por maço de cigarro. Isso dá, em média, 1,6 microgramas de arsênio por maço de cigarro. proximadamente 40% desse arsênio é depositado no trato respiratório, onde vai causar câncer.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Qual é o seu risco de morrer de câncer?

Qual é o seu risco de morrer de câncer por causa da poeira e dos gases que a Kinross e os amigos da Kinross obrigam você a respirar todo dia em Paracatu?

Por Sergio Ulhoa Dani, de Göttingen, Alemanha, 26 de outubro de 2009

Uma resposta exata para esta pergunta deve levar em conta uma série de
fatores, como sua idade, seu tempo de exposição ao risco, a distância
do local onde você mora até a mina a céu aberto da Kinross Gold
Corporation (KGC), seu estado nutricional, hábitos alimentares e de
higiene, etc.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Denúncia de crimes no licenciamento da maior barragem de veneno do mundo

Denúncia de crimes no licenciamento da maior barragem de veneno do mundo

FOTOS NO FINAL DO ARTIGO

Do Movimento pelas Serras e Águas de Minas, especial para o blog
AlertaParacatu - Setembro/Outubro de 2009, com comentários de Sergio
U. Dani

Mensagem enviada à Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais faz graves denúncias de abuso de poder, improbidade administrativa e violação aos princípios da administração pública na SUPRAM NOR, escritório regional da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais (SEMAD) que facilitou o licenciamento da maior barragem de rejeitos tóxicos do mundo em Paracatu, cidade da região noroeste do estado de Minas Gerais, Brasil.

Der’o co’as zebras n’água

Der’o co’as zebras n’água

Por Sergio Ulhoa Dani, de Göttingen, Alemanha, em 23/10/2009

Você, caro leitor inteligente, já deve conhecer aquela velha expressão
popular brasileira, ‘deram com os burros n’água’? Não se sabe ao certo
qual seja sua origem. A explicação mais aceita é a do desalento de
estatura colonial. Na época do Brasil-Colônia (muitos acreditam que
essa época ainda não acabou) o transporte era feito em lombo de burros
e mulas, ou em carros-de-boi. O boi era mais fácil de arranjar, algo
como um carro popular, mas era mais lento. Já tropa de burro e mula
era coisa mais respeitável, algo como possuir um caminhão turbinado de
vários CV’s (no caso das tropas, vários BR’s). A tropa carregava as
mercadorias, as mudanças, o progresso e as esperanças no lombo. Então
não era nada alentador para o tropeiro ver sua tropa atolada num
brejo, ou rodando correnteza abaixo, assim como nenhum caminhoneiro
atual fica feliz em ver seu caminhão atolado até o eixo na lama. É
como se seus lucros, sua vida e seus sonhos fossem por água abaixo.
Então teria vindo daí a expressão ‘deu com os burros n’água’. Ela é
usada quando se quer dizer que algo saiu terrivelmente errado, não
conforme o esperado ou desejado. É quando algo desalentador acontece
durante a viajem com a tropa ou os tropeiros.

ANO DE 2050

Documento traduzido por Cylene Dantas da Gama , gestora operacional do Instituto Serrano Neves e membro do DIALOG-AGUA - L FLORIDA CENTER OF STUDIES L- list server , onde este documento teve origem.


Ontem de manhã, ao levantar-me, vislumbrei sob minha porta um volume estranho, envolto em papel grosso e cinzento. Não era rígido e parecia uma liga de papel com metal. Não tinha selo, apenas meu nome e endereço claramente escritos. Curiosamente apressei-me em abrí-lo . Retirei páginas escritas a mão com letra que me era familiar. Mas o mais surpreendente eram a data e o conteúdo que, agora, compartilho com vocês, pois tal parece ter sido a intenção.

sábado, 10 de outubro de 2009

15 MIL ACESSOS EM UM MÊS !



 BATENDO TODOS OS RECORDES INCLUSIVE DO CONCEIÇÃO I, O VÍDEO BRASIL 2020 ATINGE 15 MIL ACESSOS EM UM MÊS !
REVEJAM E DIVULGUEM, A NET É NOSSA VEZ E NOSSA VOZ:
Esse é o link do vídeo do Aécio.
VIDEO BRASIL 2020, I´M IN, TÔ DENTRO
Esse é o da entrevista:

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sobre desequilíbrios ecológicos em Paracatu

Sobre desequilíbrios ecológicos em Paracatu

Sergio U. Dani, de Göttingen, Alemanha, em 9 de outubro de 2009

As pessoas em Paracatu estão surpresas com nuvens de bruxinhas e
gafanhotos que apareceram não se sabe de onde nem porque nessa época
do ano. Alguns chegam a vaticinar que as pragas do Egito estão
assolando Paracatu.

sábado, 3 de outubro de 2009

Dá-se-lhe-neles coragem. Covardia? Essa never.

Dá-se-lhe-neles coragem. Covardia? Essa never. 

Por Sergio U. Dani, de Göttingen, em 3 de outubro de 2009

Em matéria de confusão, nada supera a última matéria do editor Hiram
Firmino. Intitulada “Exemplo de coragem” e publicada como “carta do
editor” em sua própria revista “O Ecológico” na última “edição da lua
cheia” como ele costuma dizer, ela antecipa o que os críticos poderão
chamar de “edição lunática”, sem incorrer em qualquer erro gramatical,
filosófico ou de estilo.





quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Poder financeiro e midiático mais concentrado na Kinross?

Poder financeiro e midiático mais concentrado na Kinross?

Por Sergio U. Dani, da Alemanha

A agência de notícias Reuters divulgou dia 23 a mais recente deglutida
envolvendo mega-fundos de investimentos que têm participação na
Kinross Gold Corporation (símbolo na NYSE: KGC). O gestor de fundos
BlackRock (símbolo na NYSE: BLK) recebeu a aprovação da União Européia
quarta-feira passada para a aquisição de uma unidade de investimento
do Barclays (símbolo na NYSE: BCS) de US$15,5 bilhões em dinheiro e
ações. A aquisição eleva o BlackRock à posição de maior gestor de
dinheiro do mundo, com US$2,8 trilhões de fundos de clientes. A nova
companhia combinada será chamada de BlackRock Global Investors.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O que há de errado com a UNESCO

O que há de errado com a UNESCO: Má política e pouca ação

Disputas políticas, visão equivocada, falta de liderança científica e
afastamento dos princípios que nortearam sua criação. Esse é o clima
na UNESCO, órgão das Nações Unidas para Meio Ambiente e Ciência.
Confira no editorial de hoje da revista Nature, entitulado "O que há
de errado com a UNESCO".

Os Tyranosauria rex modernos e a nossa extinção

Os Tyranosauria rex modernos e a nossa extinção

Por Sergio U. Dani

Gigantescos bancos investidores como J. P. Morgan, Morgan Stanley, Morgan Chase, HSBC, Citigroup, Barclays, Deutsche Bank e Goldman Sachs formaram fundos especulativos para ganhar dinheiro, controlar o sistema financeiro e a mídia e influenciar a vida no planeta.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

GOVERNO CHILENO INDENIZA CONTAMINAÇÃO POR ARSÊNIO E CHUMBO

GOVERNO CHILENO INDENIZA CONTAMINAÇÃO POR ARSÊNIO E CHUMBO


DESTAQUE DO EDITOR:
14 de setembro de 2009
O problema, que resultou na renúncia da diretora do Serviço de Saúde de Arica, foi alvo de atenção logo que o programa Contacto denunciou os problemas que afetaram os habitantes do local, pela contaminação de arsênio e chumbo.
A origem da contaminação tem a ver com o ingresso de 21 mil toneladas de minerais tóxicos realizada em 1984 pela empresa Promel para o processamento de outro e prata.
1800 famílias serão removidas por causa da contaminação por chumbo em Arical. A iniciativa começará no próximo dia 21 de setembro e foi anunciada pela Ministra do Meio Ambiente, Ana Lya Uriarte.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pouco arsênio já é muita gripe aviária, suína e desumana

Pouco arsênio já é muita gripe aviária, suína e desumana

Por Sergio U. Dani, de Göttingen, Alemanha

Mesmo em baixíssimas concentrações o arsênio enfraquece as defesas
naturais do organismo contra o vírus da gripe, aumentando a
susceptibilidade individual, a gravidade e o número de mortes pela
doença, afirmou a jovem pesquisadora americana, Courtney Kozul, autora
de um artigo publicado este ano na revista científica Environmental
Health Perspectives [1].

domingo, 13 de setembro de 2009

Das areias de Copacabana rumo ao caos: Eficiente, moderno, inédito e mentiroso

Das areias de Copacabana rumo ao caos: Eficiente, moderno, inédito e mentiroso

Por Sergio U. Dani (*)

Políticos com visão curta não passam da praia. Assim também a riqueza
curta e a mentira, essas criadoras da pobreza longa.

Aécio Neves, querendo se safar de um jornalista incômodo na frente de
platéia internacional, disse ter sido criado na democracia. Ele
parecia acreditar no que dizia, talvez por ter sido neto de Tancredo
Neves, o que lhe confere uma espécie de poder democrático hereditário
permanente, como se tal coisa existisse.

Na verdade, todos sabemos que democracia verdadeira e duradoura nunca
existiu no Brasil, e muito menos nos instantes da “criação de Aécio”,
neto de Tancredo, fruto da ditadura militar. Na verdade, todos sabemos
que Aécio Neves, o “Aecinho”, o filho de Aécio-pai foi criado nas
areias de Copacabana.

Com seu currículo arenoso, eis que assume a capitania hereditária de
Minas Gerais e agora almeja a capitania hereditária do Brasil. Sua
estratégia para sair da areia? Transformar-se no símbolo do eficiente,
do moderno e do inédito, talvez inspirado em Juscelino Kubitschek,
esse sim criado órfão de pai, na pobreza e na dureza de Diamantina.
Mas metamorfoses não se operam por vontade divina ou redenção da
carne. Antes, elas são frutos da natureza íntima do indivíduo, sua
história natural e sua evolução, ingredientes que em Aécio remontam às
areias de Copacabana.

Tenho observado que Aécio não nega suas origens arenosas. Ele até as
tem expandido. Algumas de suas ações políticas no Estado de Minas
Gerais têm transformado tudo em pó. Na capitania hereditária de Minas,
licenças ambientais para verdadeiros genocídios são concedidas para
mineradoras transnacionais e seus testas-de-ferro com o conhecimento e
o apoio de Aécio, o eficiente.

Manancias de água pura, as fontes de vida e saúde duradouras para
milhões de brasileiros são destruídas e contaminadas a golpes das
canetas palacianas de Aécio, o moderno. A riqueza mineral do Estado é
colocada com eficiência e modernidade à disposição da economia
mundial, a troco da morte e da pobreza local. O inédito fica por conta
das sutilezas dos atos, da sabotagem moral em época de pretensa
liberdade, dos volumes extraordinários das riquezas que vão e da
pobreza e das doenças que ficam.

Aécio Neves quer ficar no poder e precisa construir certas "verdades"
ao seu favor. Ele deve achar que pode ou que merece. Ele tem o apoio
de uma classe predadora que ganha muito com a sua eficiência,
modernidade e ineditismo. Agora ele precisa do apoio dos milhões de
pobres, os que estão morrendo e empobrecendo por causa dessa política
inacessível. O que fazer? Mentir. Fazê-los crer que também estão
ganhando.

Mentir é próprio dos tiranos. Mas ninguém consegue mentir para todo
mundo, o tempo todo. Para completar sua estranha metamorfose, Aécio
ainda precisa aprender a cantar Folia de Reis com Chico Anísio e
Arnaud Rodrigues: “Se é da terra, que fique na areia, o mar bravo só
respeita Rei.”

(*) De Göttingen, Alemanha, em 12 de setembro de 2009. Dedico esse
ensaio aos meus amigos jornalistas de Minas Gerais, vigiados,
perseguidos, amordaçados ou demitidos porque ousaram criticar o
governo Aécio Neves.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Nossa vida por amor ao ouro?

Nossa vida por amor ao ouro?
By Sergio U. Dani

Paracatu-MG, Brazil, Tuesday 8th, September 2009. The day after
Independence-Day, a lawsuit was brought before the Paracatu court of
law in which Acangau Foundation claims to have perceived imminent
damages from Kinross Gold Corporation mining operations to Paracatu's
90,000 inhabitants and the environment.

The civil action proposed by Acangau Foundation is worth R$
37.260.000.000,00 (US$ 20.5 billion, equivalent to the value of the
gold reserves of Kinross' open cut gold mine in Paracatu) to remediate
estimated health, environment and social damages imposed to 10% of
Paracatu people in the next 30 years of continuing Kinross' gold
mining operations.

This amount may not constitute a remedy for the human lives that are
going to be lost or the foreseeable social and economic distresses;
but it gives an idea of the unsustainability of Kinross' mining
project in Paracatu. The Paracatu mine gold reserves are worth some
US$ 15-20 billion. The arsenic output in mine tailings amount 1
million
tonnes. The Paracatu mine is unique in that it has the world's lowest
gold grades and world's highest arsenic output, and it is located in
the outskirts of a city.

Acangau Foundation's lawsuit is likely to be followed by several other
civil and criminal actions as damages start to be felt on a global
scale. Several recent geochemical mapping projects have delivered
indications for arsenic degassing as an important process leading to
arsenic enrichment in the surface environment.

Lawsuit available at: http://www.serrano.neves.nom.br/1xACPPTU.pdf

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Nossa vida por amor ao ouro?

Por Sergio U. Dani

Paracatu-MG, Brasil, terça-feira, dia 8 de Setembro de 2009. No dia
seguinte ao Dia da Independência, deu entrada no Judiciário de
Paracatu a Ação Civil Pública de
Precaução e Prevenção proposta pela Fundação Acangaú.

"DO VALOR DA CAUSA - A saúde e a vida humana são de valor inestimável,
mas é possível sugerir, com base em estudos, um valor econômico médio
de R$ 4.140.000,00 (quatro milhões e cento e quarenta mil reais) por
pessoa afetada pelo risco sistêmico, sendo que para o caso em questão
estima-se que o grupo de risco sistêmico comporte 9.000 pessoas, temos
o cálculo de R$ 4.140.000,00 x 9.000 = R$ 37.260.000.000,00 (trinta e
sete bilhões e duzentos e sessenta milhões de reais) para 10% (dez por
cento) da população de Paracatu, em mais trinta anos de mineração a
céu aberto na cidade e seu entorno, dados confirmados pela
Environmental Protection Agency, agência de proteção ambiental do
governo americano, que estudou a fundo os custos sociais da
contaminação ambiental por arsênio."

O valor estimado dos prejuízos econômicos é equivalente ou superior ao
valor declarado das reservas de ouro da mina da Kinross em Paracatu.
Isso dá idéia da insustentabilidade do projeto de mineração da
transnacional canadense em Paracatu.

Durante o processo de licenciamento, a mineradora conseguiu esonder um
milhão de toneladas de arsênio que serão gerados nos próximos 30 anos
previstos de exploração da mina. A mineradora contou com o apoio de um
punhado de simpatizantes que hoje integram os quadros do governo e dos
"comitês representativos da sociedade".

A mina de Paracatu tem infelizes superlativos: menor concentração de
ouro do mundo, maior taxa de liberação de arsênio, mina a céu aberto
em ambiente urbano, depósito de 1 milhão de toneladas de arsênio em
manancial de abastecimento público. Talvez este seja o maior genocídio
anunciado da história da mineração de ouro no mundo.

Um número crescente de trabalhos de mapeamento geoquímico têm indicado
que a volatilização de arsênio é um processo importante que está
levando ao aumento da concentração de arsênio na superfície da terra.
As contaminações locais adquirem proporções globais.

Com o aumento exponencial do número de publicações científicas sobre
arsênio e seu efeito sobre a humanidade, está ficando cada vez mais
claro que as consequências da contaminação ambiental são
catastróficas. Espera-se que o número de ações judiciais aumente na
mesma proporção, e eventualmente a mineração de ouro em rocha dura a
céu aberto seja banida e empresas mineradoras poluidoras como a
Kinross e seus dirigentes sejam responsabilizados civil e
criminalmente pelo genocídio que têm causado com suas atividades
minerárias.

Texto integral da Ação Civil Pública em
http://www.serrano.neves.nom.br/1xACPPTU.pdf

terça-feira, 8 de setembro de 2009

PARACATU FICA NO PERU ?

Não! Paracatu fica em Minas Gerais, Brasil, mas os aproveitadores são globalizados.

Aprueban proyecto minero que afecta acuífero Pucamarca
http://www.noalamina.org/latinoamerica/peru/aprueban-proyecto-minero-que-afecta-acuifero-pucamarca
Latinoamérica - Perú
LUNES 07 DE SEPTIEMBRE DE 2009 12:24
Irritativa, dolosa e irregular visado del proyecto de Minsur S.A. La comunidad de Tacna lo había rechazado porque la consultora ambientalista canadiense, mintió y al verse descubierto, en forma prepotente quiso que se acepte su estudio de impacto ambiental, y en horas de la madrugada del día 02 de setiembre el pueblo, todavía sano y sin compromiso con las autoridades corruptas, le dijo no a Minsur.
----
Actualmente las organizaciones sociales están sometidas a los gobernantes regionales y municipales, por bolsas de trabajo, cupos de trabajo, etc. de como aprovechar los dineros del falso y maldito canon minero que ha corrompido a las autoridades y dirigentes sociales y politiqueros que ahora con sus peroratas y berborreas pretenden engañar otra vez al pueblo de Tacna.

ACREDITE OU NÃO ACREDITE

Veja o Governador de Minas Gerais assumindo publicamente compromisso ambiental.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O pó da herança da Kinross

O pó da herança da Kinross

Por Sergio U. Dani

Na Wikipédia está escrito: “O arsênio tornou-se a arma de assassinato
favorita na Idade Média e Ranascença, particularmente entre as classes
dominantes na Itália, especialmente os Borgias. Como os sintomas do
envenenamento agudo por arsênio são semelhantes aos da cólera, que era
comum naquele tempo, quase ninguém detectava o envenenamento por
arsênio. Por volta do século 19, o arsênio adquiriu a alcunha de “pó
da herança”, talvez porque sabia-se ou suspeitava-se que os herdeiros
impacientes usavam o arsênio para assegurar ou acelerar suas heranças”
[1].

A mineradora canadense RPM/Kinross Gold Corporation também está
impaciente por colocar suas garras sobre a cidade de Paracatu, que lhe
cabe por direito de herança. O DNPM, órgão responsável pela concessão
de lavra mineral no Brasil, concedeu o direito de lavra de ouro para a
Kinross em todo o território da cidade de Paracatu.

Para pôr logo as mãos na sua herança, a impaciente Kinross está
tratando de envenenar os 90 mil habitantes da cidade, com a valiosa
ajuda de um punhado de autoridades governamentais brasileiras. A
poeira da lavra de ouro a céu aberto na cidade lança arsênio sobre a
população. Diariamente, a população em sua maioria pobre é forçada a
respirar uma dose de arsênio 10 vezes acima dos valores considerados
seguros pela OMS.

Como que visando garantir um genocídio mais eficiente e rápido, a
Kinross agora planeja envenenar os mananciais de abastecimento público
de água da cidade. Sexta-feira, dia 21 de agosto de 2009, um punhado
de pessoas simpatizantes da Kinross concedeu a permissão para que a
Kinross deposite 1 milhão de toneladas de arsênio inorgânico no Vale
do Machadinho, que faz parte do sistema de abastecimento público de
água de Paracatu.

No Brasil-feudal da era Lula e Aécio Neves, os direitos de herança de
uma classe assassina são garantidos pelo pó da herança.

Fontes:

. Wikipedia, disponível em http://en.wikipedia.org/wiki/Arsenicosis

. Arsênio na poeira de Paracatu: dados assustadores da própria
RPM/Kinross, disponível em
http://alertaparacatu.blogspot.com/2009/07/arsenio-na-poeira-de-paracatu-dados.html

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Arsênio, um assunto global: Paracatu e o mundo num corredor da morte

Arsênio, um assunto global: Paracatu e o mundo num corredor da morte

Quem se importa com a América Latina – uma parte do nosso planeta – e
quem se importa com a população de Paracatu – uma parte da humanidade?
Solicita-se atenção e ação imediatas do mundo todo. Ninguém pode ficar
indiferente.

Sergio U. Dani (*)

Um genocidio está para acontecer em Paracatu, uma cidade da América
Latina, no Brasil. Com a licença obtida na última sexta-feira, 21 de
agosto, a canadense Kinross Gold Corporation está preparada para
liberar um milhão de toneladas de arsênio – o “rei dos venenos” – a
céu aberto e nos solos e cursos d’água que sustentam uma população de
90.000 pessoas. Um punhado de autoridades brasileiras coniventes apóia
esse genocídio, confiante na ausência de resistência de uma população
carente e desamparada.

A mineração de ouro é a atividade que mais libera arsênio para o
ambiente, pois os depósitos de ouro estão intimamente associados à
arsenopirita, o principal mineral de arsênio [1].

O lago que será formado para receber os rejeitos tóxicos resultantes
das atividades da Kinross em Paracatu nos próximos 30 anos deverá
armazenar algo em torno de 1,2 milhões de arsênio inorgânico [2].

A quantidade de arsênio inorgânico desta única mina de ouro equivale a
25% do total acumulado em toda a era industrial até o ano de 2000 [3];
é uma quantidade suficiente para causar doenças e matar 10 vezes a
população de 7 bilhões de seres humanos do planeta Terra [4].

Por mais incrível que possa parecer, todo esse arsênio será liberado
em cima da única fonte de água potável que abastece a população de
uma cidade de 90.000 habitantes, preparando o cenário para um
verdadeiro genocídio [5,6].

A volatilização do arsênio a partir de Paracatu inexoravelmente
contribuirá para o aumento da carga global de arsênio [7-10].

O assunto mineração em Paracatu transcende fronteiras nacionais, pois
configura inacreditável abuso e crime contra a humanidade, contra o
planeta , na contramão do pensamento sistêmico (Gramsci, Fritjof
Capra e outros) e quando constata-se que vivenciamos uma era de
redução e ameaça aos recursos naturais. E perguntamos, para que
servirá o ouro num mundo não mais sustentável?

A OMS foi alertada sobre esse genocídio em escala global, causado por
uma contaminação ambiental deliberada. Solicitamos providências junto
à OMS e outras instituições mundiais para para evitar esse genocídio e
a contaminação ambiental.

Acreditamos firmemente que cada um de nós tem a sua parcela de
responsabilidade na perpetração de tais crimes. Cada um de nós, dia
após dia, ano após ano, ao tolerar conviver com tais crimes, vendo que
estão sendo cometidos a nada fazendo para impedi-los.

Ninguém pode ficar indiferente. Estamos falando da nossa casa, do
nosso planeta, da sobrevivência da nossa humanidade..

(*) S. Dani é médico e doutor em medicina, escrevendo de Göttingen,
Alemanha. 25 de agosto de 2009.

Referências:

[1] Hurlbut, C. S. & Klein, C. Manual of Mineralogy, 20th ed. (1985).

[2] Henderson, R. D. Paracatu Mine Technical Report, Kinross Gold
Corporation, July 31, 2006, disponível em:
http://www.kinross.com/operations/pdf/Technical-Report-Paracatu.pdf,
acessado em 2009.

[3] Han, F. X. et al. Assessment of global industrial-age
anthropogenic arsenic contamination. Naturwissenschaften 90:395-401
(2003).

[4] Arena, J. M. & Drew, R. H., Eds. Poisoning. Fifth edition. Charles
C Thomas, Springfield, 1,128 pp. (1986).

[5] Polizzotto, M. L., Kocar, B. D., Benner, S. G., Sampson, M. &
Fendorf, S. Near-surface wetland sediments as a source of arsenic
release to ground water in Asia. Nature 454:505-8 (2008).

[6] Smith, A. H., Steinmaus, C., Yuan, Y., Liaw, J. & Hira-Smith, M.
M. High concentrations of arsenic in drinking water result in the
highest known increases in mortality attributable to any environmental
exposure, Proceedings of a Symposium: Arsenic – The Geography of a
Global Problem, Royal Geographical Society: Arsenic Conference, 29th
August 2007, apresentação disponível em:
www.geog.cam.ac.uk/research/projects/arsenic/symposium, accessed 2009.

[7] Tamaki, S. & Frankenberger, W. T. Jr. Environmental biochemistry
of arsenic. Rev. Environ. Cont. Toxicol. 124:79-110 (1992).

[8] Baker-Austin, C. et al. Extreme arsenic resistance by the
acidophilic archaeon 'Ferroplasma acidarmanus' Fer1. Extremophiles
11:425-34 (2007)

[9] Cernansky, S., Kolencík, M., Sevc, J., Urík, M. & Hiller, E.
Fungal volatilization of trivalent and pentavalent arsenic under
laboratory conditions. Bioresour. Technol. 100:1037-40 (2009).

[10] Qin, J. et al. Biotransformation of arsenic by a Yellowstone
thermoacidophilic eukaryotic alga. Proc. Natl. Acad. Sci. USA
106:5213-7 (2009).

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Arsênio reduz as defesas

Arsênio reduz as defesas

Por Sergio U. Dani

Estudo mostra que arsênio na água, mesmo em concentrações consideradas
seguras, provoca alterações na resposta imunológica inata nos pulmões
[*]. Courtney Kozul e colaboradores mostraram que camundongos que
tomavam água com 10 ppb de arsênio (dose considerada segura pela OMS),
apresentam alterações na regulação da imunidade inata. Os
pesquisadores examinaram o padrão da expressão simultânea de diversos
genes e concluíram que as alterações causadas pelo arsênio podem
alterar os riscos de contração de doenças infecciosas e câncer,
particularmente no pulmão.

[*] Kozul, C. D., et al. Chronic exposure to arsenic in the drinking
water alters the expression of immune response genes in mouse lung.
Environ. Health Perspect. 117:1108-15 (2009).

Arsênio é causa de aborto

Arsênio é causa de aborto

Por Sergio U. Dani

Um estudo de 31 mil gravidezes em Bangladesh [*] mostrou que o número
de abortos aumenta significativamente com o aumento da exposição ao
arsênio na água de bebida (2,96% a<10 microg/l; 3,79% de 10 microg/l a<50 microg/l; 4,43% a>50 microg/l). Após o ajuste para 17 fatores
socioeconômicos e de saúde, os riscos isolados do arsênio continuaram
altos. O risco de aborto pela exposição ao arsênio foi considerado
alto o suficiente para ser detectado por uma abordagem ecológica.
Outros estudos têm implicado a exposição ao arsênio como causa de
malformações congênitas e infertilidade.

[*] Cherry, N., Shaikh, K., McDonald, C., & Chowdhury, Z. Stillbirth
in rural Bangladesh: arsenic exposure and other etiological factors: a
report from Gonoshasthaya Kendra. Bull. World Health Organ. 86:172-7
(2008).

Arsênio no ambiente afeta mães e filhos

Arsênio no ambiente afeta mães e filhos

Por Sergio U. Dani

Pesquisadores do Centro Internacional para a Pesquisa de Doenças
Diarréicas em Bangladesh (ICDDR.B) mostraram que a exposição crônica
ao arsênio em uma vila contaminada está associada à febre e diarréia
durante a gravidez, alterações no desenvolvimento do timo (órgão de
defesa imunológica) dos fetos e infecções respiratórias agudas (IRA)
aumentadas nas crianças [*]. Os pesquisadores associaram o aumento
dessas doenças à queda da resistência natural do organismo provocada
pela exposição crônica ao arsênio.

[*] Ragib, R., Ahmed, S., Sultana, R., et al. Effects of in utero
arsenic exposure on child immunity and morbidity in rural Bangladesh.
Toxicol. Lett. 185:197-202 (2009).

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Arsênio na água não está pra peixe

Arsênio na água não está pra peixe

Por Sergio U. Dani

Em um estudo conduzido por cientistas norte-americanos [1], a
exposição a níveis de arsênio na água considerados seguros (2-10 ppB)
resultou em um aumento de mais de 50 vezes a quantidade de vírus em
embriões de peixes. O aumento na quantidade de bactérias foi de pelo
menos 17 vezes. O estudo indica que a exposição ao arsênio, mesmo em
concentrações consideradas seguras, suprime a função imunológica inata
e diminui a resistência às infecções.

[1] Nayak, A. S., Lage, C. R., Kim, C. H. Effects of low
concentrations of arsenic on the innate immune system of the zebrafish
(Danio rerio). Toxicol. Sci. 98(1):118-24 (2007).

--
Sergio Ulhoa Dani
Tel. 00(XX)49 15-226-453-423
srgdani@gmail.com

Arsênio alto na água, 70 anos após fechamento da mina



Arsênio alto na água, 70 anos após fechamento da mina

Por Sergio U. Dani

Cientistas franceses [1] mostram que o arsênio de uma antiga mina está
contaminando peixes no rio Bravona e seu tributário, o rio Presa, na
França, 70 anos após o encerramento das atividades da mineração. Os
resultados desse estudo indicaram uma forte contaminação de arsênio
nos peixes pescados muitos quilômetros abaixo do local da mina. Houve
uma forte correlação entre o arsênio presente na água e o arsênio
encontrado em vários tecidos do corpo dos peixes. A bioacumulação
aconteceu preferencialmente nas guelras, no opérculo e no fígado. Os
níveis de arsênio nos tecidos seguem um gradiente de poluição.

[1] Culioli JL, Calendini S, Mori C, Orsini A.. Arsenic accumulation
in a freshwater fish living in a contaminated river of Corsica,
France. Ecotoxicol Environ Saf. 72(5):1440-5 (2009).

--
Sergio Ulhoa Dani
Tel. 00(XX)49 15-226-453-423
srgdani@gmail.com

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Alemães pedem ajuda às Nações Unidas para evitar catástrofe em Paracatu

25 de Agosto de 2009

Alemães pedem ajuda às Nações Unidas para evitar catástrofe em Paracatu

Por Sergio U. Dani

A Sociedade dos Povos Ameaçados (GfbV), organização internacional de
defesa dos direitos humanos com sede em Göttingen, Alemanha, escreveu
hoje à Organização Mundial da Saúde (OMS) pedindo ajuda do órgão das
Nações Unidas para evitar uma catástrofe sócio-ambiental em Paracatu,
Brasil.

A carta foi uma resposta da GfbV à concessão da licença de instalação
de uma nova barragem de rejeitos tóxicos da transnacional canadense,
Kinross Gold Corporation no Vale do Machadinho, considerada a caixa
d'água potável dos 90,000 habitantes de Paracatu.

As cerca de um milhão de toneladas de arsênio que a mineradora
canadense pretende lançar na caixa d'água de Paracatu são suficientes
para matar 10 vezes a população atual do planeta. Segundo dados
publicados pela própria mineradora e escondidos dos relatórios das
agências reguladoras ambientais, com a cumplicidade de autoridades
governamentais brasileiras, a população de Paracatu já está exposta a
uma dose de arsênio 10 vezes acima do considerado tolerável pela OMS.
O arsênio é liberado das rochas da mina de ouro a céu aberto
localizada junto à cidade.

Os efeitos da exposição crônica ao arsênio começam a ser sentidos após
10-20 anos do início da exposição. A mina de ouro a céu aberto de
Paracatu foi inaugurada em 1987 e Paracatu já começa a sentir os
efeitos da contaminação ambiental. Os gastos com saúde subiram 30%. Em
2008, a Kinross iniciou a expansão da mina, contrariando os alertas
constantes da comunidade científica sobre os riscos da contaminação
com arsênio e outras substâncias.

A última etapa da expansão da mina da Kinross em Paracatu é justamente
a construção da nova barragem de rejeitos tóxicos. Estima-se que
milhares morrerão de câncer e outras doenças causadas pela exposição
crônica ao arsênio no ar, nos solos e na água, como doenças
cardiovasculares, renais e endócrinas. Crianças são mais vulneráveis,
porque assimilam mais arsênio que adultos.

A Kinross Gold Corporation é sediada em Toronto, no Canadá. A empresa
pratica "pagamentos facilitadores" a membros dos governos dos países
onde ela atua, visando "facilitar seus negócios". Relatório
independente implicou o presidente da empresa, Tye Burt,
ex-funcionário do Deutsche Bank, em operações financeiras
fraudulentas. A empresa Siemens, também alemã, fabricou e montou o
maior moinho de minério da América Latina, para dar suporte às
operações da mina da Kinross em Paracatu.

A Sociedade dos Povos Ameaçados (GfbV - Gesellschaft für bedrohte
Völker) é uma organização internacional para proteção dos direitos
humanos de minorias étnicas e religiosas. É uma ONG com status de
conselheira junto ao Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC) e
também junto ao parlamento europeu. A sede da GfbV fica em Göttingen,
Alemanha.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

ORAÇÃO DE SANTO ARSÊNIO



ORAÇÃO DE SANTO ARSÊNIO

Santo Arsênio, Glorioso Padroeiro de Paracatu, Poderoso Mantenedor da Contaminação, baixai sobre nós a poeira tóxica e aliviai nossa sede com águas suspeitas, infundí sua bioacumulativa presença na cadeia alimentar. Santo! Santo! Santo! Dai-nos mãos cheias de angiossarcoma do fígado, agraciai-nos com a neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão, fartai-nos com neoplasias malignas da pele. Manifeste-se aos nossos olhos com blefarite, conjuntivite e queratite. Conceda-nos a migalha de uma leucodermia, de uma simples ceratose, uma bronquilite obliterante ou um enfisema crônico. Santo! Santo! Santo senhor do tempo, gravai na pedra arsenopirita o nome dos que votaram a favor da nova barragem de rejeitos tóxicos. Rogamos por sua biomagnificância ! Tomai conta das nossas vidas e livrai-nos da sáude. Amém


Por Serrano Neves, apresentando suas desculpas a Santo Arsênio, o Eremita, nascido em Roma, por volta do ano de 354

Sinal vermelho: Tirania legalizada domina o COPAM



Sinal vermelho: Tirania legalizada domina o COPAM

Por Sergio U. Dani (*)

A sessão do COPAM do dia 21 passado, quando se decidiu sobre o
envenenamento e a morte de milhares de paracatuenses, aconteceu em
Unaí, cidade distante 100 km de Paracatu.

A RPM/Kinross Gold Corporation levou um ônibus com pessoas que se
manifestaram a favor do projeto da nova barragem de rejeitos tóxicos
no Vale do Machadinho. Dos mais de 20 pronunciamentos da platéia, o
único contrário à licença foi a manifestação do vereador e médico
Romualdo Ulhoa. Os demais, incluindo uma quilombola, foram
veementemente à favor da barragem. Afonso Aroeira, presidente do
Comitê da Bacia do Paracatu, foi até o microfone defender a mineradora
transnacional.

Durante mais de 4 horas desta reunião realizada sob a luz vermelha da
tirania legalizada, o promotor Mauro Ellovitch foi o único conselheiro
do COPAM que dabateu e se manifestou contrário à licença de instalação
da barragem. O Promotor foi ferozmente atacado por outros conselheiros
e pelos representantes da empresa.

Os únicos membros do COPAM que acompanharam o promotor e votaram com
coragem pelo indeferimento da licença foram o tenente Luis Carlos
Pereira, representante da Polícia Ambiental, e o engenheiro Ernane
Faria, do Comitê da Bacia do Urucuia. Esses foram os únicos que
defenderam a legalidade e posicionaram-se expressamente contrários aos
outros 13 conselheiros.

Entre os 13 que votaram a favor da barragem de rejeitos tóxicos,
estavam o representante da ONG Movimento Verde de Paracatu, Antônio
Eustáquio Vieira, o "Tonhão"; o presidente do Sindicato dos Produtores
Rurais de Paracatu, José Queiroz e os representantes da Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais, Secretaria de
Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, entidades civis
representativas de categorias de profissionais liberais ligadas à
proteção do Meio Ambiente, Prefeitura Municipal de Paracatu,
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e mais
um ilustre desconhecido, um certo André Luiz Torres, que votou na
qualidade de "cientista, tecnólogo, pesquisador ou pessoa de notório
saber, reconhecidamente dedicado às atividades de preservação do meio
ambiente e à melhoria da qualidade de vida."

Ninguém das Comunidades dos Amaros, São Domingos, Machadinho ou
Bandeirinhas foi à reunião. Parecia que o Ministério Público queria,
sozinho, defender os direitos da sociedade paracatuense, enquanto esta
não queria ser defendida.

A ausência das milhares de vítimas do empreendimento nesta reunião que
decidiu sobre a sua morte é sinal clássico da tirania do poder
econômico sobre uma população pobre, injustiçada e desamparada. E a
defesa enfática dos poucos que ganharam ou esperam ganhar algum
pagamento facilitador da RPM/Kinross é sinal clássico da estultícia e
da corrupção que tornam fácil o exercício da tirania.

A defesa da legalidade, pelos representantes do MP, da Polícia
Ambiental e do Comitê da Bacia do Urucuia, e a denúncia que o
representante do MP fez da violação da Constituição e do ordenamento
jurídico não impediram a aprovação e concessão da licença de
instalação da barragem por um punhado de pessoas e interesses
particulares legalizados pelo estado.

Ao exercício da tirania pertencem sempre dois: o executor e o
permissor. No teatro da tirania, o permissor é reduzido a um punhado,
como medida de eficiência, baseado na constatação de que no sistema há
sempre uma maioria que é fraca ou omissa e os que se vendem por muito,
por pouco, e por muito pouco.

(*) De Göttingen, Alemanha, em 24 de agosto de 2009.

-----------------------
Anexo: Lista de conselheiros que participaram da votação na 25ª URC COPAM

I - Conselheiros que foram contra o pedido de envenenamento e morte de
milhares de paracatuenses pela barragem da RPM/Kinross Gold
Corporation:

Representante da Procuradoria-Geral de Justiça - PGJ:
MAURO DA FONSECA ELLOVITCH - TITULAR

Representante da Polícia Militar de Minas Gerais - PMMG:
1º Tenente LUIS CARLOS PEREIRA - 1º SUPLENTE

Representante do Comitê de Bacia Hidrográfica, constituído e
operacional, e situado, majoritariamente, na área de abrangência da
URC:
ERNANE FARIA - TITULAR - CBHs


II - Conselheiros que foram a favor do pedido da RPM/Kinross Gold Corporation:

Representante do Conselho Municipal de Meio Ambiente, por sua
representação não-governamental:
JOSÉ QUEIROZ DA SILVA - TITULAR - CODEMA

Representantes da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG:
BRUNO VIANA DE CASTRO - 2º SUPLENTE

Representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado
de Minas Gerais - FETAEMG:
VALDECI EVANGELISTA FARIA CORREIA - 2º SUPLENTE

Representante da Federação das Associações Comerciais, Industriais,
Agropecuárias e de Serviços do Estado de Minas Gerais - FEDERAMINAS:
LEANDRO ROCHA MIRANDA - TITULAR

Representante do Departamento Nacional de Produção Mineral - 3p
Distrito/MG - DNPM:
PATRÍCIA ALVES JUNQUEIRA - TITULAR

Representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e
Política Urbana - SEDRU:
OSWALDO ABSAI DE FREITAS - 1º SUPLENTE

Representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico - SEDE:
SÔNIA MARIA UCHOA - 1º SUPLENTE

Representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável - SEMAD:
DANIEL MEDEIROS DE SOUZA - 2º SUPLENTE

Representante de entidades civis representativas de categorias de
profissionais liberais ligadas à proteção do Meio Ambiente:
PAULO ARTHUR CHAIM SABONGE - 1º SUPLENTE - AEAPA

Representantes de organizações não-governamentais legalmente
constituídas para a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente,
incluídas no Cadastro Estadual de Entidades Ambientalistas - CEEA :
ANTÔNIO EUSTÁQUIO VIEIRA - TITULAR - MOVER

Representante da Prefeitura Municipal situada na área de abrangência da URC:
ALCIDES RIBEIRO DOS SANTOS - 2º SUPLENTE

Representante da comunidade científica: cientista, tecnólogo,
pesquisador ou pessoa de notório saber, reconhecidamente dedicada às
atividades de preservação do meio ambiente e à melhoria da qualidade
de vida:
ANDRÉ LUIZ TORRES - 1º SUPLENTE - FACTU

Representante da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - SEAPA:
WALTER ASSUNÇÃO DE A. FILHO - 2º SUPLENTE

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Prefeito perna-curta


Prefeito perna-curta

Por Sergio U. Dani

Mentiras têm pernas curtas. Iguais às do prefeito Vasquinho. Atolado no
fracasso da própria incompetência e ganância, usou dinheiro público e
pessoas ingênuas para se reeleger, e agora precisa vomitar o que não
conseguiu engolir. Mas Vasquinho parece não se importar. Ele nem acha que
errou ou foi culpado de nada. A culpa, para o prefeito Vasquinho, deve ter
sido de Deus, então que Ele pague a conta.

Nesta sexta-feira, o prefeito Vasquinho anunciou a demissão da primeira leva
de 97 funcionários da prefeitura de Paracatu-MG. Em clima de choro e ranger
de dentes, como de costume, avisou que os 120 milhões de reais de
faturamento da prefeitura são muito pouco dinheiro para cuidar da cidade de
90 mil habitantes e seus cidadãos doentes. Talvez sem querer ou sem
perceber, ele admitiu que os serviços de Hemodiálise e UTI para tratar dos
moribundos têm sobrecarregado os cofres públicos. Então ele decidiu cortar
na carne que o elegeu. Essa foi a solução que ele encontrou.

A verdade é que os maus políticos e os maus gestores têm pernas curtas. Eles
quebram rapidamente a economia do povo com sua falta de visão e a sua má
gestão. Em Paracatu, eles são cúmplices de um genocídio, eles são cúmplices
do envenenamento da cidade pela mineração de ouro a céu aberto, desde 1987.
Genocídio é a matança em massa ou escravização de pessoas pelo lucro,
política ou ideologia.

Mas as mentiras têm pernas curtas e a verdade vem a galope. A cidade,
envenenada pelo arsênio da mina de ouro da transnacional canadense Kinross
Gold Corporation, começa a apresentar a conta do erro e das mentiras. A
verdade é que as doenças estão aumentando, os doentes estão morrendo. Não há
dinheiro no mundo que pague as perdas e danos causados pela falta de visão,
pela má-gestão, pelos maus políticos e suas más-decisões.

Os gastos com saúde em Paracatu aumentaram 30% nesta gestão, a “gestão da
expansão da Kinross”, da expansão do problemão. Em 2009, a folha de
pagamentos da prefeitura ultrapassou 56% da receita arrecadada. Por três
vezes, o Tribunal de Contas de Minas Gerais chamou a atenção do prefeito. O
prefeito Vasquinho, que gozava de um salário de 16 mil reais, maior que o do
governador do estado e que o do presidente da república, foi obrigado pelo
Ministério Público a devolver o dinheiro e a contentar-se com 9 mil.

A crise da saúde deságua nas crises política, financeira e administrativa,
tudo fruto de pura incompetência e das mentiras. O “V” da vergonha. O “V”
das pernas curtas viradas pra cima. E no final, o prefeito-vergonha, o
prefeito-perna-curta vem dizer que a culpa é de Deus. Que Deus lhe pague! Ou
será a diabada?

--
Sergio Ulhoa Dani
Tel. 00(XX)49 15-226-453-423
srgdani@gmail.com

Orquestra macabra

21 de agosto de 2009

Orquestra macabra

Por Marina Neiva Batista, advogada

Estive presente na reunião de hoje, do COPAM, em Unaí, que julgou o pedido
de licença para a construção de uma gigantesca barragem de lixo tóxico da
mineradora transnacional canadense RPM/Kinross Gold Corporation na caixa
d'água de Paracatu.

Com 13 votos a favor e apenas 3 votos contra, a licença foi concedida. Os
três votos contra foram de um promotor público, um tenente da Polícia
Militar e um engenheiro ambiental. O representante da ONG Movimento Verde de
Paracatu, Sr. Antônio Eustáquio Vieira, o "Tonhão", votou a favor da
licença.

A licença foi aprovada em nome do princípio constitucional da razoabilidade,
conforme orquestraram repetidas vezes durante a reunião os defensores do
projeto da transnacional Kinross.

O princípio da razoabilidade foi usado sem nenhuma razoabilidade para
permitir a expulsão (com "compensação") de seis proprietários remanescentes
do lugar condenado a desaparecer sob a lama. Afinal, diziam os defensores da
transnacional, serão apenas seis que não farão diferença alguma agora, ante
a maioria esmagadora que teve que ceder à pressão da transnacional para
sumir da área. Comunidades quilombolas? Para a Kinross, isso não é mais um
problema. A transnacional cuidou para que elas desaparecessem dali.

Sobre o milhão de toneladas de arsênio que serão despejados na caixa d'água
de Paracatu, nenhuma palavra. Isso é tabu. Não se enquadra no princípio de
razoabilidade da Kinross e seus defensores.

A SUTIL ARTE DO MAU CARATISMO


A SUTIL ARTE DO MAU CARATISMO


Por Sandro Neiva

A passividade febril e o flagelo do desamparo fazem com que camponeses e quilombolas se tornem presas fáceis da canalhice fundiária, forçados a vender sua dignidade e sua cultura, coagidos a ajoelhar-se por meia dúzia de violões, sanfonas, pandeiros e atabaques

Apesar de todas as maquiagens e cacarejos governamentais, os remanescentes de quilombos que vivem em Paracatu continuam por aí, espremidos, amontoados, asfixiados e mergulhados na solidão dessa forma crônica de colonialismo. Não passam de meros acidentes no caminho da lúgubre e iminente nova barragem de estrumes tóxicos da RPM/Kinross.

O triste legado para as gerações futuras é de que ali no Vale do Machadinho, gênese de nossas mais límpidas águas - onde um dia existiram índios, aldeias, tribos, vasto cerrado, exuberante fauna e um aglomerado de negros que conseguiram driblar a escravidão e escapar dos criminosos portugueses - uma corporação estrangeira pretende erigir uma latrina para despejar suas fezes químicas sobre 1.400 hectarers de rica vegetação e culturas seculares.

No passado, o explorador branco substituía por boiadas as tribos que encontrava em seu caminho. Matando e escravizando o índio, o colonizador português exterminou toda uma nação. O genocídio transnacional parece não ter fim.

Também não é de hoje que sociólogos, antropólogos, ambientalistas, bispos, prefeitos, presidentes da república, filósofos de turno, jornalistas e outros cabotinos da mediana inteligência estão fazendo a mesma retórica e dizendo as mesmas obviedades sobre os direitos das populações tradicionais, sem contudo, conseguirem mudar absolutamente nada.

Um olhar mais atento revela um quê de atraso, alienação e miserabilidade latente. A passividade febril e o flagelo do desamparo fazem com que os camponeses e quilombolas se tornem presas fáceis da canalhice fundiária, forçados a vender sua dignidade e sua cultura, coagidos a ajoelhar-se por meia dúzia de violões, sanfonas, pandeiros e atabaques.

Nossa passividade também é sem igual. Deveríamos exigir muito mais pelo saque às nossas nossas riquezas e nossa saúde. Poderíamos, por exemplo, ter um Louvre tupiniquim às margens do Córrego Rico e estátuas em ouro puro para prestar homenagem à negra mais bela e ao primeiro garimpeiro que surgiu por estas paragens. Mas não. Preferimos mergulhar no mau caratismo sutil, nas doses de Paracatulina, nas abomináveis novelas globais, na rivalidade entre Cruzeiro & Atlético, nas feijoadas com orelhas e rabo de porco, na mesmice das exposições agropecuárias e nas apresentações do pároco-pop do momento.

Sandro Neiva é jornalista

domingo, 23 de agosto de 2009

“Sí a la Vida. No a Pascua Lama”

miércoles 19 de agosto de 2009

Pascua Lama: territorio Barrick Gold en el seno de nuestra América Latina;
* *18-08-09 *Por Virginia Toledo López;*

*Pascua Lama es el nombre del proyecto de megaminería ubicado en las
entrañas de la cordillera de los Andes justo en el límite que separa
Argentina de Chile, a la altura de la provincia de San Juan. Este territorio
corresponde formalmente a la transnacional canadiense Barrick Gold Corp.,
gracias al Tratado de Integración y Complementación Mineras, firmado por los
presidentes Eduardo Frei Ruiz Tagle y Carlos S. Menem en el año 2000. Por
medio de ese tratado binacional, se permite la creación de “países
virtuales”, denominados como “área de operaciones”, en donde la soberanía de
Chile y Argentina se ve profundamente restringida en favor de las empresas
adjudicatarias.Es por ello que se puede decir que entre nuestros países
emerge un “territorio Barrik Gold”.*

*Pascua Lama é o nome de um mega projeto de mineração localizado nas
entranhas da cordilheira dos Andes, bem na fronteira que separa a Argentina
do Chile, na altura da província de San Juan. Este território corresponde
formalmente à transnacional canadense Barrick Gold Corp, graças ao Tratado
de Integração e Complementação Mineiras, assinado pelos presidentes Eduardo
Frei Ruiz Tagle e Carlos S. Menem, em 2000. Através deste tratado bilateral,
permite-se a criação de "países virtuais", referidos como "área de
operações", onde a soberania do Chile e da Argentina está profundamente
constrangida em favor das empresas adjudicatárias. É por isso que nós
podemos dizer que entre nossos países emerge um "território Barrik Gold."*

*Pascua Lama is the name of the **megamining **project located in the
entrails of the Andes Mountains just at the frontiers between Argentina and
Chile in the province of San Juan. This territory belongs formally to
the **Canadian **transnational Barrick Gold Corp., thanks to the Mining Integration and
Complementation **Agreement **signed by the presidents Eduardo Frei Ruiz
Tagle and Carlos S. Menem in the year 2000. By means of this binational
agreement, "virtual countries" are allowed to be created under the excuse of
"operations areas" in which the sovereignty of Chile and Argentina turns out
to be deeply restricted in favor of the adjudicatory companies. That is the
reason to say that a "Barrik Gold territory" has emerged between our
countries.*

Pascua Lama es el nombre del proyecto de megaminería (1) ubicado en las
entrañas de la cordillera de los Andes, a 5.500 metros sobre el nivel del
mar, justo en el límite que separa Argentina de Chile, a la altura de la
provincia de San Juan. Este territorio corresponde formalmente a la
transnacional canadiense Barrick Gold Corp., gracias al Tratado de
Integración y Complementación Mineras, firmado el 29 de diciembre de 1997
por los presidentes Eduardo Frei Ruiz Tagle y Carlos S. Menem y promulgado
el 20 de diciembre de 2000. Por medio de ese tratado binacional, se permite
la creación de “países virtuales”, denominados como “área de operaciones”,
en donde la soberanía de Chile y Argentina se ve profundamente restringida
en favor de las empresas adjudicatarias. (2) Es por ello que se puede decir
que entre nuestros países emerge un “territorio Barrik Gold”.

Tanto en Chile como en la Argentina la minería es una actividad económica
ampliamente promocionada por el Estado, pese a ser de las más contaminantes
y de las que mayores perjuicios genera en las comunidades locales. Ya
durante las dictaduras en ambos países pero fundamentalmente a partir de la
década de los noventa, y a instancias de los organismos internacionales de
crédito (como el Banco Mundial), surgen una serie de leyes destinadas a
otorgar grandes beneficios a las inversiones extranjeras en los sectores
mineros chilenos y argentinos (3). Es así que la minería de gran escala y
transnacional comienza a difundirse en el Cono Sur de la mano de gobiernos
neoliberales, perdurando hasta nuestros días.

Del lado chileno, el Valle del Huasco es la región más afectada por Pascua
Lama. Este Valle, situado en la región de Atacama, es la última barrera
fértil antes del desierto en el norte chileno. Pese a que allí las lluvias
son poco frecuentes, la gran altura cordillerana permite la existencia de
glaciares que aseguran un caudal permanente al río Huasco y sus afluentes,
garantizando el equilibrio hídrico del valle. Salvo por Vallenar, la ciudad
más importante de la región ubicada sobre la costa, el Valle está conformado
por una serie de comunas pequeñas. La agricultura de pequeña escala y
campesina es la actividad que ocupa la mayor cantidad de superficie,
empleando además a una gran cantidad de personas. Como dato adicional, en la
zona rural de Alto del Carmen, la más directamente afectada por el proyecto
minero, se encuentra la Comunidad Agrícola de Huascoaltina, de ascendencia
diaguita.

*El inicio del conflicto: la Barrick irrumpe en la tranquilidad del Valle
(4)*

La Barrick llegó a Chile en 1994, tras haber adquirido tres yacimientos
mineros en el norte del país. Desde ese momento, y aprovechando sus diversos
vínculos con el sector público (con altos funcionarios de Chile, Argentina,
Estados Unidos y Canadá), la empresa inició una serie de maniobras
tendientes a lograr la firma del tratado minero entre Chile y Argentina.

En el año 2000 la empresa promovió reuniones informativas con el fin de
presentar a la comunidad las “bondades” de su proyecto; buscando dar, al
mismo tiempo, un carácter “participativo” a la iniciativa. Allí la comunidad
conoció algunos detalles del emprendimiento y pudo revisar el Estudio de
Impacto Ambiental (EIA). Para sorpresa de los agricultores, el EIA pasaba
por alto la existencia de glaciares en la zona (el yacimiento minero se
encontraba justo debajo de tres glaciares que dan agua al río Huasco y que
no eran mencionados!). Ante la denuncia de los vecinos, las autoridades,
proclives al emprendimiento minero, se vieron obligadas a solicitar un Plan
de Manejo de Glaciares, lo que no les impidió aprobar el proyecto sin mayor
remordimiento. La empresa, siguiendo los consejos de las autoridades,
presentó un Plan de Manejo que contemplaba trasladar las 10 hectáreas de
glaciares (!). Todo ello, rasonablemente, causo gran consternación a la
comunidad.

Así, los habitantes del Valle se organizaron, animados por miembros de la
comunidad religiosa del lugar. Comenzaron a movilizarse, a formarse y a
informar sobre las implicancias del proyecto megaminero. Las consignas “Sí a
la Vida. No a Pascua Lama” y “Fuera Barrick!” se difundieron en la zona.
Empezaron a sumarse personas de otras regiones, creando organizaciones para
ayudar a difundir la lucha a favor del agua y la vida. Tal fue el caso del
acompañamiento del Observatorio Latinoamericano de Conflictos Ambientales
(OLCA) y de la creación de Colectivos contra Pascua Lama en Santiago de
Chile (ubicado a 12 hs. del Valle), como el Colectivo Rexistencia,
conformado por estudiantes universitarios de la capital. La resistencia
comunitaria cobraba un fuerte impulso...

A fines del año 2004 la minera salió del silencio en el que había
permanecido y solicitó al gobierno la ampliación de la zona de explotación.
Así, presentaron por segunda vez el EIA junto al Plan de Manejo de
Glaciares. El conflicto llegó al punto máximo de movilización social y
traspasó las fronteras no sólo del Valle, sino también del país. La cuestión
de los glaciares captó la atención de ambientalistas, científicos,
documentalistas y políticos de todo el mundo.

Este escenario convenció a la empresa de la necesidad de desarrollar una
estrategia orientada a desarticular la fuerte oposición popular. Por
ejemplo, la Barrick ofreció a los 9 directivos de la Junta de Regantes
(organización que aglutina a más de 2 mil agricultores de la zona), una
“donación” de 60 millones de dólares (3 millones mensuales durante 20 años)
a fin de realizar “investigaciones conjuntas”, al tiempo que desplegaba una
fuerte ofensiva comunicacional difundiendo el slogan “Minería Responsable”.

En el 2006 los gobiernos de ambos países aprobaron el proyecto de Pascua
Lama (Chile en febrero y Argentina hacia fines de ese año).

Pese a este golpe, la comunidad se mantuvo en pié, denunciando la falta de
definición de múltiples puntos del proyecto, reforzada por la creciente
internacionalización de la lucha (a las movilizaciones en Argentina se
sumaban grupos ecologistas de Canadá). Además, en Santiago nacía una nueva
organización de apoyo: la Coordinadora contra Pascua Lama, la que aglutinó a
la mayoría de las voces contrarias a la aprobación. También ayudó a
reactivar la lucha en el Valle el despido masivo de trabajadores de la
Barrick, sumado a denuncias por fraude.

Durante todo el 2007 y el 2008 se realizaron acciones que daban visibilidad
a la causa y radicalizaban el conflicto (entre ellas se destacan el corte
del cruce Chollay Conay, exposiciones en el Congreso Nacional, apelación a
tribunales extranjeros, campañas internacionales contra Barrick Gold y
múltiples trabajos de difusión).

*La Barrick dobla la apuesta (5)*

En el marco de su estrategia de lavado de imagen, Barrick ha impulsado una
alianza con “los buenos de Chile”, es decir, con actores que gozan de cierta
legitimidad social a raíz de una trayectoria de beneficencia. A fines del
año pasado se difundió la iniciativa Compromiso Atacama entre la Barrick,
Teletón, (6) Un Techo para Chile (7) y América Solidaria (8), promocionado
como una alianza para “ayudar el desarrollo de la región”.

Esta gran embestida mediática, sumada a otras acciones directamente
dirigidas a los vecinos del Valle (como la entrega de notebooks a los niños
en las escuelas, de ambulancias en los hospitales, el financiamiento de
fiestas tradicionales y de microemprendimientos, las becas, las mejoras en
escuelas y clubes... y demás “dulces” regalados por la empresa para la
aceptación de su proyecto contaminante), han demostrado la profunda
desigualdad que tienen los actores en conflicto.

Frente a una política de repartición migajas para la sociedad, de cooptación
de líderes, personalidades y organizaciones sociales, y de connivencia con
los distintos niveles de gobierno, se alza un grupo de gente sin más
recursos que la convicción en la defensa del territorio... su vida; seguros
de que sus mayores riquezas son la Tierra y el Agua, fuentes de todo lo
demás.

*Los impactos en el Valle*

Pascua Lama destruiría no sólo la sustentabilidad del Valle, sino que
significaría un fuerte quebranto a las formas de vida que allí se
desarrollan. El tipo de actividad que generaría la mina podría denominarse
como un emprendimiento “de enclave”, es decir, sin mayor vinculación con la
actividad productiva local y cuyos beneficios son para el extranjero. La
mayoría del empleo se crea mediante contratistas, al mismo tiempo que las
profundas alteraciones ambientales provocadas ponen en riesgo la mayor
actividad productiva de la región: la agricultura.

Además, a los impactos generados por el yacimiento se agregan los producidos
por la creación de una Central Termoeléctrica ubicada en la región de Alto
del Carmen, las líneas de transmisión eléctrica hasta el yacimiento minero y
un centro de acopio de materiales peligrosos.

Por lo pronto, la intervención de la Barrick ya ha generado fuertes
impactos: múltiples organizaciones territoriales se hayan divididas o en
situación de conflicto interno por la recepción o no de patrocinios de la
minería; el emprendimiento ha cerrado pasos en la cordillera afectando a
criadores de la región; las promesas incumplidas de trabajo, la adjudicación
y cierre de la estancia Chollay reclamada por los diaguitas como territorio
depositario de parte de su patrimonio arqueológico y cultural, son algunos
ejemplos. A éstos se agregan aquellos generados por el funcionamiento pleno
de la mina.

La Barrick ya ha quebrado la tranquilidad del Valle. Ha introducido nuevas
necesidades en las comunidades vinculadas a una economía de consumo, antes
desconocidas por las familias agricultoras, pervirtiendo los tradicionales
vínculos comunitarios y con la Naturaleza. Y, sobre todo, amenaza el
equilibrio ecológico del lugar.

Estos grandes emprendimientos mineros se caracterizan por extraer una gran
cantidad de minerales en yacimientos “a cielo abierto” de gran tamaño, para
lo cual requieren una amplia utilización de energía y un alarmante consumo
de agua. Gracias a la utilización de fuertes explosivos, se genera un
inmenso cráter artificial en donde antes estaba la montaña. Los desechos,
como las rocas trituradas y el polvo, pueden ser arrastrados lejos del
ámbito de la mina por el viento. Pero el mayor peligro deviene de la
utilización de cianuro y otros tóxicos para licuar la montaña y extraer los
metales preciosos. Ese cianuro, una vez juntado el oro, es veneno que queda
en el ambiente dando vueltas, contaminando el agua y la tierra.

Sin dudas, la mega minería es la actividad industrial más agresiva tanto en
lo ambiental, social y cultural. Y si se considera el perjuicio que genera a
las economías familiares, al socavar la fuente de su tradicional actividad
productiva, podemos decir que tampoco es sustentable en términos económicos.
El oro se va, en manos extranjeras, mientras el agua, fuente de vida, es
contaminada y los glaciares, principales reservorios de agua dulce, son
diezmados. En palabras de Camila, ambientalista de la región, “si el agua se
contamina, terminan con las actividades tradicionales y productivas del
valle... en el fondo ahí se afirma todo lo que es el valle: su identidad, su
cultura, su forma de ver el tiempo... todo”.

*Las últimas noticias*

Que nuestros gobiernos continúan fomentando la megaminería no es noticia.
Sólo basta ver las continuas referencias positivas para con la actividad,
enunciadas desde los más altos niveles de gobierno (tanto en Chile como en
Argentina). El reciente veto a la ley de protección de glaciares por parte
de Cristina Fernández de Kirchner, denominado “veto Barrick”, no ha sido más
que la triste corroboración de ello.

Pero hay novedades en el frente: los máximos directivos de Barrick se
reunieron el 15 de abril pasado con la presidente argentina, y seguidamente,
el 25 de abril, con la presidente chilena, Michelle Bachelet. Por supuesto y
como es de costumbre con estas empresas, ambas reuniones fueron a puertas
cerradas y sin declaraciones a la prensa. No obstante, gracias a un
comunicado emitido desde las oficinas de la empresa en la provincia de San
Juan, se conoció que se habría alcanzado un acuerdo en el tema tributario,
lo que había sido hasta el momento la principal traba burocrática a Pascua
Lama. De este modo, el proyecto iniciaba la recta final, programando iniciar
formalmente los trabajos de la mina en septiembre.

Sin embargo, aun hay palos en los afanes de la empresa, pues la Dirección
General de Aguas (DGA) de Atacama condicionó el comienzo de las obras de
construcción a la aprobación del modelo hidrogeológico, completo, del
proyecto, que aún se encuentra en estudio, al igual que dos embalses
propuestos por la empresa. Así, todavía le quedan permisos al
emprendimiento.

Las comunidades siguen firmes en sus reclamos. Desde las organizaciones y
asambleas se reafirma: “el agua vale más que el oro”. Frase que sintetiza
una visión de mundo que prioriza la Naturaleza a los réditos económicos en
el corto plazo. Sin dudas, es necesario ahora más que nunca que aunemos
nuestros esfuerzos para continuar la lucha contra el saqueo. Contra
aquell@sque solo ven en la Tierra negocios para hacer.

Este texto puede considerarse como un llamado la defensa de nuestros
territorios y como una invitación a ser solidarios y a estar atentos. A ser
solidarios con la lucha levantada en la cordillera en defensa de la Tierra y
el Agua, nuestros bienes comunes y el legado para los que vendrán. Se
ciernen momentos definitorios en la lucha contra Pascua Lama, que
determinarán el destino del último valle fértil en el norte chileno y es
imprescindible que estemos para defenderlo.

Al mismo tiempo, es una invitación a estar atent@s porque Pascua Lama es una
muestra más del saqueo que se está llevando a cabo en nuestras tierras en
beneficio de los grandes capitales extranjeros y con el visto bueno de
muchos gobiernos latinoamericanos. Desafortunadamente, la minería está
avanzando: este emprendimiento es sólo uno de los proyectados en nuestros
países. Pascua Lama es una de las tantas batallas por suceder.
www.ecoportal.net

*Virginia Toledo López* es Lic. en Relaciones Internacionales. Doctoranda en
Cs. Sociales de la UBA.

Se agradece enormemente las charlas tenidas con Javier Karmy, Camila
Bardehle y Constanza San Juan, así como también el obsequio del libro
“Pascua Lama: conflicto armado a nuestras espaldas”, sin los cuales esta
nota no hubiese sido posible.

*Notas:*

(1) Proyecto mineros de gran escala. Pascua Lama es el primer proyecto
minero binacional del planeta, destinado a extraer oro (minería aurífera),
pero también plata, cobre y otros metales de difícil estimación. Se proyecta
extraer de esta mina aproximadamente 17 millones de onzas de oro, 689
millones de onzas de plata y 562 millones de libras de cobre. La producción
se estima en 600 mil onzas anuales de oro y 23 millones de onzas anuales de
plata. “En 2013 Pascua Lama producirá su primera barra de doré”, en Portal
Minero, 23 de Julio de 2009 disponible en http://www.portalminero.com.

(2) El tratado tiene por objetivo permitir a los inversionistas de ambos
países la exploración y explotación de los recursos mineros existentes en
zonas cordilleranas sin ningún tipo de restricciones. Mediante el tratado se
crea una Comisión Administradora, financiada por corporaciones mineras, con
la facultad para disponer y decidir sobre el territorio comprendido en el
area de operaciones. Asimismo, la Comision redactaría un Reglamento Interno
que normaría el uso de ese espacio.

(3) En Chile, la Ley 18.097 de Concesiones Mineras y el Código de Minería de
1982 introducen el concepto de concesiones plenas para las mineras,
pervirtiendo el tradicional espíritu nacionalista que había caracterizado la
política hacia el sector; el Estatuto de Inversionista Extranjero de 1983
otorga estabilidad fiscal; la Ley 18.248 suprime el royalty por exportación
y las Leyes 18.985 y 19.137, de los 90, otorgan nuevas ventajas fiscales. En
la Argentina en la década de los 90 se sancionaron leyes tales como la Ley
de Inversiones Mineras (Ley 24.196, de 1993), la de Reordenamiento Minero
(Ley 24.224, de 1993), el Acuerdo Federal Minero (Ley 24.228, de 1993), la
de Actualización Minera (Ley 24.498, de 1995) que generaron un nuevo marco
regulatorio para la actividad minera. Éstos instrumentos legales están
orientados a garantizar: igual trato a capitales nacionales y extranjeros,
otorgándoles por ejemplo el derecho a transferir al exterior todas las
utilidades; estabilidad jurídica de los derechos mineros adquiridos;
protagonismo de la actividad privada en la explotación; liberalización del
régimen de concesiones; aumento de superficies de exploración; libre
comercialización interna y externa; y reducción de los costos de operación.
Asimismo, la Ley de Inversiones Mineras otorga a estas actividades un
conjunto de beneficios fiscales y tributarios (por ejemplo, estabilidad
fiscal por el término de 30 años, beneficios especiales en el Impuesto a las
Ganancias como deducción del 100% de los montos invertidos en gastos varios,
amortizaciones aceleradas para las inversiones de capital a fin de ejecutar
nuevos proyectos o ampliar viejos; exención del pago de derechos a la
importación de cualquier bien o insumo; límite a las regalías provinciales,
que no podrán ser mayores al 3% de lo que declare la minera; etc.). Además,
la Ley 24.402 de 1994, establece el Régimen de Financiamiento y Devolución
del IVA al Sector Minero. Moori M. V. (1999) “Reformas económicas y la
inversión en el sector minero argentino”. CEPAL - Serie Reformas Económicas
No. 50, Santiago de Chile, y Karmy J. y Salinas B. (2008): Pascua Lama:
conflicto armado a nuestras espaldas, Quimantú, Chile.

(4) Los datos que siguen han sido extraídos del libro Karmy J. y Salinas B.
(2008): Op. Cit.

(5) Ibid.

(6) Organización que mediante un programa televisivo recibe donaciones para
beneficencia. La Barrick el año pasado estuvo en el segundo lugar del
ranking de donaciones.

(7) Iniciativa católica para la construcción de viviendas. Esto problematizó
la posición de los clérigos del valle, abiertamente opuestos al
emplazamiento minero.

(8) Institución presidida por Benito Baranda. Hace trabajo social voluntario
en distintos países del continente.

http://www.ecoportal.net/content/view/full/87971/

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Sergio Ulhoa Dani
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