MORRO DO OURO E SEU LAMENTO
Um poema de Elizabeth Gonçalves (*) / Publicação exclusiva para o site do Arquivo Público de Paracatu-MG
Morro do Ouro
Bilionário,
Monte do precioso metal
Que de tão rico… Veio a sua pior pobreza…
A cobiça sobre sua sorte!
Pobre morro do ouro!
Cada grão de terra jorrada
Cada pedra rolada
Soluça, lamenta…
Um lamento lento…
Definha dia após dia
Arrasta-se, geme e chora.
Pede socorro!
A espera de alguém pra te agasalhar!
A espera de alguém pra te defender!
Seu belo cenário…
Verde era seu vestuário…
Arquimilionário,
Arrasta-se em tons de cinza…
Paisagem esfolada!
E Historia invadida!
Tristeza no olhar
E lágrimas nas gargantas…
Confinados…
Todos assistem sua agonia
Inertes, passivos…
Testemunham seu lamento.
Pobre morro do Ouro!
Geme dia a dia!
Era abrigo bem aventurado!
Hoje ninguém pra abrigar
Que de tão rico…
Veio a sua pior pobreza…
A cobiça sobre sua sorte!
Pobre morro do ouro!
Pressentindo a sua morte
Desamparado…
Lamenta e chora!
(*) Elizabeth Gonçalves Santos F. Barbosa é bacharelada em Administração e é funcionária pública municipal do Serviço de Alistamento Militar. É membro honorífico do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico de Paracatu (COMPHAP). Foi coordenadora do programa de Educação Patrimonial do Município de Paracatu-MG.
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