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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Estudos científicos revelam novos riscos do arsênio

Estudos científicos revelam novos riscos do arsênio

Um estudo publicado este mês na revista Science of the Total
Environment mostra que mesmo pequenas quantidades de arsênio presentes
no solo aumentam a incidência e prevalência de demencias como a doença
de Alzheimer.

O estudo conduzido por Sergio Dani, do Instituto Medawar de Paracatu,
é uma meta-análise dos dados do levantamento geológico de arsênio
feito pelo projeto FOREGS, juntamente com os dados de incidência e
prevalência de demências fornecidos pelo estudo de Delphi e os dados
de mortalidade e morbidade da OMS para países da Europa. A partir de 7
ppm (partes por milhão) de arsênio no solo aumenta exponencialmente a
prevalência de demência, informa Dani.

O número de publicações científicas sobre arsênio tem aumentado em um
ritmo maior que o das publicações sobre mercúrio, cádmio e chumbo,
considerados os principais poluentes metálicos. O aumento do número de
publicações sobre arsênio reflete a gravidade da contaminação
ambiental e os riscos da exposição crônica a este metalóide. A
exposição crônica ao arsênio causa diversas doenças, como câncer,
diabetes, doenças vasculares e demências.

Paracatu e Nova Lima são as cidades brasileiras mais contaminadas por
arsênio, em decorrência da mineração de ouro nestas cidades. Enquanto
países como Canadá não permitem contaminação dos solos por arsênio
acima de 5 ppm, em alguns bairros de Paracatu e Nova Lima a
concentração de arsênio nos solos chega a 13000 ppm. Em Paracatu, a
responsável pela contaminação é a empresa canadense RPM/Kinross, que
conta com o apoio de um punhado de autoridades governamentais
brasileiras.

Fonte:
http://sosarsenic.blogspot.com/2010/02/mimer-notes-february-14-2010.html
http://sosarsenic.blogspot.com/2010/02/arsenic-for-fool.html

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