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sábado, 25 de abril de 2009

ALERTA: NÃO SE DEIXE ENGANAR



ALERTA: NÃO SE DEIXE ENGANAR

Existem pessoas que frequentam faculdades e aprendem pelo contato constante entre seus traseiros e os bancos onde sentam.

Outros frequentam aulas e bibliotecas, ouvindo atentamente e estudando.

A diferença entre os dois está em saber o que se está falando.

Um dos males dos que aprendem com o traseiro e achar que os outros são seus iguais.

Com certeza é privativo da União legislar sobre água (art. 22, IV, da Constituição) mas alguns políticos de fora (e outros igualmente em jejum) deveriam ler a Constituição:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;

Os que aprendem pelo traseiro costumam não entender o que leêm, se é que leram.

O artigo 23 mostra claramente quem sabe o que está falando e o que está fazendo.

Quem sabe o que está falando e fazendo é a CÂMARA MUNICIPAL DE PARACATU.

A Lei das Águas de Paracatu manifesta a defesa do interesse público local e está de acordo com a Constituição.

A Lei não tromba com a legislação federal, ao contrário, traz para dentro dela essa legislação como suporte para declaração de que o SISTEMA SERRA DA ANTA é de interesse público.

Claro que sempre foi de interesse público, mas estão querendo impedir que os legítimos representantes do povo digam isso como manifestação da vontade municipal.

O que querem os políticos e outros que tentam amordaçar os Vereadores?

Querem – estou dizendo e assinando embaixo – impedir que o povo tenha vontade própria manifestada pelos representantes nos quais votaram, pois isto mantém suas “carreiras” de dominação: a União manda no Estado e o Estado manda no município, e sobraria para os vereadores aprovar lei orçamentária e trocar nome de ruas e de escolas.

Incomoda sim, e incomoda muito, que uma CÂMARA MUNICIPAL tenha vontade própria de defender os interesses do povo.

O território do município é onde as coisas acontecem, é onde as águas são maltratadas e a poeira branca da rocha que contém arsênio é respirada; é onde as explosões das bombas sacodem a cidade e racham as moradias pobres.

O que está acontecendo aqui em Paracatu não pode ser resolvido por quem vive em Belo Horizonte ou Brasília, em gabinetes com ar refrigerado filtrado e à prova de explosões.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM PARACATU É SOFRIDO NA PELE (inclusive doenças causadas pelo arsênio), e ninguém tem o direito de dizer que os paracatuenses devem se arriscar a perder suas águas e a adoecer e morrer em favor de encher de dinheiro o cofre de alguns poucos e as cangalhas de ouro que os transnacionais – lamentavelmente ajudados por brasileiros – levam para o Canadá.

Tudo que fazem aqui É PROIBIDO no país de origem deles.

O povo de Paracatu é livre para decidir, assim como seus Vereadores também são livres.

Nossa primeira e última vontade é que fique escrito na história de Paracatu o que for decidido, e os paracatuenses de agora e do futuro saibam, com clareza, se foram postos no caminho da vida ou no caminho da morte.

QUEM É QUEM,? saberemos em breve, e poderemos escolher a roupa: gala ou luto.

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Serrano Neves (pmsneves@gmail.com, 62 96255275)


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