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segunda-feira, 18 de julho de 2011

PROCLAMAÇÃO DE GENOCÍDIO

O caso da mineração em Paracatu tem sido tratado por nós como genocídio.

Deveras, não é um dano difuso nem um ato da natureza como os ventos que espalham as cinzas do vulcão do Chile dificultando o tráfego aéreo em distantes locais do planeta.

Em Paracatu a mineração é feita "nas beiradas" da cidade, ou seja, a poeira é diretamente lançada sobre o espaço urbano.

Não discutimos se os teores de arsênio na poeira estão dentro da lei, discutimos se o teor presente é capaz de causar dano à saúde e mortes, a longo prazo, pois a lei não pode autorizar a doença e a morte.

O cigarro é algo que está dentro da lei, as fábricas são autorizadas, recolhem impostos e cumprem suas obrigações trabalhistas, mas o governo obriga que escrevam na embalagem que O CIGARRO CAUSA CÂNCER.

Toda polêmica que se instalou em relação à mineração de ouro em Paracatu tem como objetivo esclarecer que, dentre outras doenças O ARSÊNIO CAUSA CÂNCER.

Mas a poeira não traz impresso que O ARSÊNIO CAUSA CÂNCER.

Mais ou menos a mesma coisa: o câncer não é causado pelo cigarro que você está fumando agora, é causado por fumar repetidamente, diariamente, durante algum tempo.

Agora, imagine você "fumando" arsênio 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Tem mais gente falando em genocídio.

[EcoDebate] Finalmente alguém no poder é honesto em suas declarações. Quando Curt Trennepohl, presidente do IBAMA, disse a jornalista australiana que seu trabalho “não é cuidar do meio ambiente, mas minimizar os impactos” e que o Brasil vai fazer “com os índios o que os australianos fizeram com os aborígenes” (F.S.P 15/07/11), foi de uma honestidade rara e cruel. A declaração é um horror, uma proclamação de genocídio.
A cruel honestidade do Presidente do IBAMA, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)
Publicado em julho 18, 2011 por HC
http://www.ecodebate.com.br/2011/07/18/a-cruel-honestidade-do-presidente-do-ibama-artigo-de-roberto-malvezzi-gogo/

terça-feira, 12 de julho de 2011

COISAS QUE NÃO MUDARAM COM O TEMPO

COISAS QUE NÃO MUDARAM COM O TEMPO

O Brasil, em 1837, já tinha um lei de vacinação de crianças contra a varíola (uma doença infectocontagiosa que começa como se fosse uma gripe, evolui para dores no corpo, nauseas e manchas na pele, e termina por cobrir a pele com bolhas de pús).

A varíola atualmente é praticamente desconhecida pelas pessoas pois foi considerada erradicada em 1980.

A lei brasileira de 1837 foi uma das famosas leis que nunca "pegou", e as epidemias recorrentes levaram a que Oswaldo Cruz, em 1904, no Rio de Janeiro, propusesse uma lei de vacinação obrigatória.

Por 67 anos a varíola matou impunemente, mas o interessante é que a lei de 1904 causou revolta na população devido a ser muito rígida e severa, e foi criada uma associação (ONG) contra a vacina obrigatória e surgiu a "teoria conspiratória", que evidentemente não tinha o apoio da internet, mas levava as pessoas a acreditarem que a vacina seria aplicada nas partes íntimas e as pessoas tinham que ficar peladas para se vacinarem.

A população do Rio de Janeiro só se rendeu em 1906 por força de uma violenta epidemia, com milhares de mortes.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Governo espanhol ocultou durante sete anos estudo sobre arsênico e metais pesados em peixes

Governo espanhol ocultou durante sete anos estudo sobre arsênico e metais pesados em peixes

O título é do texto publicado no ECODEBATE, edição de 4 de julho de 2011, onde pode ser lido na íntegra.
http://www.ecodebate.com.br/2011/07/04/governo-espanhol-ocultou-durante-sete-anos-estudo-sobre-arsenico-e-metais-pesados-em-peixes/

Destaco do texto o temor do governo espanhol quanto ao impacto negativo da divulgação da contaminação no setor pesqueiro, qual seja, em letras simples: a economia precisa ser conservada, a saúde do povo não.